Do ‘terramoto’ eleitoral ao travão à revisão constitucional
Facto DO ANO. Foi formada para chegar ao poder, mas ficou-se por ser uma “plataforma de esperança”, como conjecturou o seu ‘cabeça-de-cartaz’, Adalberto Costa Júnior. Não alcançou o poder, mas abanou o sistema político angolano, impediu a maioria mais do que absoluta do MPLA e estorvou a possibilidade de eternizar João Lourenço no poder, através de uma alteração da Constituição. A Frente Patriótica Unida (FPU) entrou de rompante, como alternativa aos obstáculos que os partidos da oposição foram encontrando. E causou a derrota do MPLA em Luanda. É a escolha do Valor Económico para Figura do Ano 2022.
A Frente Patriótica Unida nasceu através da convergência de interesses de partidos políticos na oposição e de parte da sociedade cansada do poder do MPLA. Mas teve um parto difícil e surgiu como alternativa aos sucessivos – e previsíveis – chumbos do Tribunal Constitucional às diferentes formações políticas que iam tentando emergir.
A ‘pedra de toque’ foi dada por Abel Chivukuvuku que, não obstante ter entregado um dossier completo que lhe permitia legalizar o projecto Pra-Já, em partido político, esbarrou na intransigência do Tribunal Constitucional (TC). De nada resultou a entrega de mais de 10 mil assinaturas, assim como não adiantaram os recursos apresentados, perante os ‘chumbos’ do TC. O Pra-Já acabou por ser um projecto morto antes de nascer. Praticamente, 2021 fechava sem a concretização da velha ambição de Abel Chivukuvuku: poder concorrer à Presidência da República. No entanto, o falhanço do antigo dirigente da Unita abria as portas ao novo presidente da Unita.
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