PAUL EARDLEY-TAYLOR, STANDARD BANK GROUP

“É importante, do lado da banca, encorajar boas políticas e regulamentos, mas também emprestar dinheiro a projectos fortes”

Chefe de cobertura de petróleo e gás da África Austral do Standard Bank Group anuncia que o banco de origem sul-africana tem milhões para financiar projectos ligados ao petróleo e gás em Angola. Paul Eardley-Taylor alerta, no entanto, que, apesar do plano director do gás, é preciso legislação para facilitar o financiamento.  

“É importante, do lado da banca, encorajar boas políticas e regulamentos, mas também emprestar dinheiro a projectos fortes”
Mário Mujetes

Angola quer captar investidores do sector petrolífero para novas descobertas. Há disponibilidade do Standard Bank de conceder financiamento a projectos deste sector?

Estamos presentes em 20 países, pelo que temos muita experiência sobre a forma como as economias africanas gerem o seu sector do petróleo e do gás. E também temos um conhecimento global das actuais histórias de sucesso no sector do petróleo e do gás. Por exemplo, a Guiana ou o Suriname. O nosso papel é servir os nossos clientes num mercado. É também ajudar o governo de um país a ter acesso a toda a informação e estruturas da arena moderna do petróleo e do gás para atingir os seus objectivos. Por exemplo, estamos muito entusiasmados com a publicação do plano diretor do gás e gostaríamos de ajudar o Governo de Angola a ter acesso à nossa experiência para que o plano director do gás possa ser desenvolvido o mais rapidamente possível. Do mesmo modo, em termos de clientes, queremos apoiar as empresas angolanas autóctones a participarem activamente no sector do petróleo e do gás. E depois, claro, o banco gostaria de financiar clientes e bancos. 


O que falta para começar?

Estamos prontos para o fazer e estamos a fazê-lo neste momento. O desafio em Angola, como em muitos países, é quando um país está a tentar fazer algo pela primeira vez. Por exemplo, um gasoduto na costa, uma central eléctrica a gás, uma fábrica de fertilizantes. Normalmente, a política, a legislação e os regulamentos do país não o permitem e têm de ser alterados. Por exemplo, o plano director do gás é uma nova política para Angola. Assim, uma vez acordada a política, será necessária legislação, regulamentos, uma alteração da lei para que o investimento no gás possa acontecer e o banco ajudará o Governo e os clientes em todas as fases deste processo.


Quanto prevê a linha de financiamento para Angola em projectos do sector de petróleo e gás?

Somos um banco, por isso temos dinheiro, temos dinheiro em Angola, temos dinheiro na África do Sul, mas não podemos dizer quanto dinheiro temos para um projecto até conhecermos o projecto, porque há uma diferença entre uma central de LNG, uma central eléctrica e um gasoduto. São todos diferentes, mas esperamos poder emprestar muito dinheiro a Angola para ajudar o país a desenvolver-se.

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