ANGOLA GROWING
De 23 a 24 de Outubro

Especialistas internacionais analisam fraudes e delitos económicos

Especialistas internacionais de vários países vão analisar e discutir, em Outubro, em Luanda, as principais fraudes e delitos económicos e sua forma de prevenção, no quadro do actual contexto do país.

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Serão oradores representantes da Polícia Federal do Brasil (ligados ao processo "Lava Jato"), da União Europeia (UE), com destaque para a Alemanha, da WCA-CA, Polícia Nacional de Angola, Procuradoria Geral da República (PGR) e dos Serviços de Investigação Criminal (SIC) são os principais oradores da conferência.

O evento, promovido pela World Compliance Association - Capítulo Angola (WCA-CA), em parceria com o Instituto Superior de Ciências Criminais e Polícias (ISCCP), prevê acolher 500 participantes.

A decorrer entre os dias 23 e 24, a 1.ª Conferência Internacional sobre Fraudes e Delitos Económicos em Angola vai despertar a sociedade sobre a necessidade de uma maior abertura e credibilização do ambiente de negócios no país, no quadro do "compliance", ferramenta que joga um papel importante no cumprimento normativo dentro das organizações, disse a Presidente da WCA. Serão debatidos, entre outros, temas como ‘O Papel do Serviço de Investigação Criminal (SIC) na Prevenção de Fraudes e Delitos Económicos’, ‘A Procuradoria Geral da República (PGR) na Investigação de Fraudes Económicas’ e ‘Tipos de Delitos Económicos - Uma Visão Internacional’.

Também estão agendados temas como as técnicas de investigação de fraudes, o branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo, a fuga ao fisco e exportação ilícita de capitais, fraudes em meios electrónicos e subtração de dados bancários, a importância do "compliance" no contexto de desenvolvimento social e económico das empresas em Angola, bem como investigações corporativas e "compliance", os esforços do Parlamento Europeu no combate aos delitos económicos, são outros temas agendados.

Em conferência de imprensa, realizada ontem (28.08), em Luanda, no quadro dos preparativos do evento, Andrea Moreno referiu que a iniciativa vai permitir ajudar Angola a reforçar os mecanismos de prevenção e investigação de fraudes e delitos económicos.

No encontro com os jornalistas, o director-adjunto do ISCCP, Andre Inaculo, referiu que, nos últimos anos, tende a aumentar em Angola a cultura de denúncia por parte da população para crimes económicos.

"A denúncia de crimes económicos tende a estar equilibrada com os de natureza comum. No contexto actual, notamos que os cidadãos participam cada vez mais crimes de natureza económica", disse o oficial da polícia, sem avançar números.