Eventos Arena assumiu 100% da FILDA 2017
BOLSA DE NEGÓCIOS. Quatro das cinco empresas convidadas pelo Ministério da Economia para a realização da FILDA/2017 mostraram-se indisponíveis. Eventos Arena ‘salvou’ a 33.ª edição, assumindo 100% dos custos.
A Eventos Arena assumiu todos os “riscos financeiros e sociais” relacionados com a realização da última edição da FILDA, tendo contado apenas com o apoio institucional do Estado, que facilitou a concessão do espaço, vistos e serviços alfandegários, declarou, ao VALOR, a presidente do conselho de administraçao (PCA) do Instituto de Fomento Empresarial (IFE).
Dalva Ringote não avançou que outras empresas foram sondadas para assegurar a realização do evento, mas deu “nota positiva” à 33.ª edição da FILDA, montada em apenas oito dias pela Eventos Arena. “Não há comparação possível com as outras feiras, porque o contexto é diferente, marcado pela redução das ‘gorduras’”, assinalou Ringote, antes de acrescentar que “o importante foi a pré disposição dos empresários de ainda assim participarem”.
A PCA do IFE classificou o evento como “a feira possível” e indicou que, brevemente, os custos da 33.ª edição serão conhecidos, assim que a empresa organizadora os submeter à apreciação ao Ministério da Economia. Referindo-se à Baía de Luanda, onde decorreu o certame, Ringote considerou o espaço “pequeno”, mas justificou que a previsão era de apenas 200 expositores de cinco países, números que, entretanto, foram ultrapassados.
A escolha da Baía de Luanda para acolher a edição deste ano, segundo explicou, decorreu da ideia de se associar ao evento a fotografia do mar, uma vez que a actividade pesqueira representa um dos principais sectores económicos, além do Porto de Luanda, por onde passam as exportações e importações. O clima da Baía também entrou nas contas da decisão.
FILDA FORA DE LUANDA
O IFE já pensa na realização da FILDA fora de Luanda, mas não tem competência para tomar a decisão, estando a depender de orientações do Governo.
Dalva Ringote considera haver condições para se realizar a FILDA em qualquer província e mostra-se confiante que a decisão possa ser tomada pela sautoridades já para a edição do próximo ano, porque a única condicionante é a “disposição política e empresarial”. Às várias reclamações de expositores e potenciais expositores, entre espaços reduzidos e dificuldades na concessão de vistos, Ringote respondeu que a realização da feira obedece a um calendário que é divulgado para que os interessados se inscrevam e cumpram todos os requisitos exigidos. “Muitos não conseguiram vistos porque não cumpriram com os prazos estipulados”, insistiu Ringote, referindo o envolvimento de vários organismos visados no processo, nomeadamente os Ministérios das Relações Exteriores, Comércio, Interior, Economia, além das embaixadas, todos interessados em “facilitar” os expositores. “Muitos dos participantes até entraram para o país com visto de fronteiras, outros ficaram a saber da FILDA muito tarde, sem tempo para cumprir com a documentação necessária.”
PASSIVO DA FIL
A FIL, que até 2015 realizava a FILDA, deixou um passivo ‘pesado’ ao Governo, relacionado sobretudo com os empregados. Mas o Estado “é um ente de bem”, como assinala Ringote, para quem o Governo assumiu muitos dos compromissos e, a qualquer altura, dará uma resposta “positiva” aos funcionários da FIL, “que não estão abandonados”.
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