Executivo quer financiamento chinês para formar quadros das FAA
O Governo solicitou à China um apoio financeiro para continuar com o programa de formação, preparação e reequipamento dos quadros das Forças Armadas Angolanas (FAA).
De acordo com o secretário de Estado para os Recursos Materiais e Infra-estruturas do Ministério da Defesa, Afonso Carlos Neto, o pedido enquadra-se no processo de cooperação e visão estratégia a longo prazo para executar os projectos relacionados com a formação e construção de recursos humanos, materiais e infra-estruturas.
A intenção e foi manifestada durante a abertura da 5.ª reunião do Comité Conjunto de Cooperação da Ciência, Tecnologia e Indústria de Defesa Angola-China, na qual a parte chinesa esteve representada pelo vice-chefe da Administração Estatal de Ciência, Tecnologia e Indústria de Defesa Nacional da China, Xu Zhanbin.
A reunião ocorre a pouco menos de duas semanas do Fórum China-África, que decorrerá em Pequim no início de Setembro e em que o Presidente de Angola vai marcar presença.
Afonso Carlos Neto justificou o pedido face à persistente crise financeira mundial e à falta de um pacote de financiamento institucional, que estão a dificultar a execução de projectos e programas do sector da Defesa.
Sobre a solicitação de Angola, o responsável chinês assegurou que a China "está disponível e disposta" a cooperar com a parte angolana para aprofundar as relações bilaterais, a analisar, até sexta-feira, os projectos parados em Angola e definir um plano de trabalho futuro incluindo também as áreas da comunicação bilateral e da promoção dos projectos da indústria militar chinesa.
As relações entre Angola e China datam de 1983. Angola, desde 2007, é o maior parceiro comercial africano da China, com quem coopera nos domínios militar, agrícola, académico, agro-industrial, infra-estrutural, petrolífero e tecnológico.
No quadro das relações bilaterais, a China observa cerca de metade do petróleo extraído em solo angolano, e conta com mais de 250 mil trabalhadores em Angola, sobretudo na construção e reparação de infraestruturas, nomeadamente caminhos-de-ferro, estradas e habitações.
“A Sonangol competia só com as empresas estrangeiras. Agora está a competir...