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Avaliadas em mais de 32.300 USD, em 2017

Exportações para África representam apenas 4,02% do total

As exportações angolanas para África representam apenas 4,02% do total, razão pela qual Angola tem de apostar nos mercados continental e sub-regional, afirmou hoje (31) o secretário de Estado para o Comércio, Amadeu Nunes.

 

Exportações para África representam apenas 4,02% do total

Amadeu Nunes, que falava na abertura do seminário sobre ‘Integração Comercial Regional e Desenvolvimento Económico de Angola: Políticas e Negociações’, indicou que as exportações angolanas estão avaliadas em 2017 em mais de 32.300 milhões de dólares, com África a representar apenas 1.300 milhões de dólares.

Insistindo na necessidade de aumentar as trocas comerciais com parceiros sub-regionais e continentais, Amadeu Nunes deu como exemplo as vantagens do comércio com os Estados-membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), mercado com quase 300 milhões de consumidores e um produto interno bruto (PIB) de 691.000 milhões de dólares.

Outro bloco importante, apontou, é a Zona de Livre Comércio Tripartida, integrada por 26 países membros de três comunidades económicas regionais, como o Mercado Comum da África Oriental e Austral (COMESA), Comunidade Económica dos Estados da África Oriental (CEEAC) e a SADC, representando um mercado potencial de 630 milhões de consumidores com um PIB de 1.247 mil milhões de dólares, ou 52% do PIB africano.

Amadeu Nunes referiu-se também à Zona de Livre Comércio Continental Africana, pelo potencial que representa para a vitalização das empresas nacionais, assinalando-a como um mercado de mais de 1.000 milhões de pessoas e um PIB combinado de 3.400 mil milhões de dólares.

Nesse sentido, o secretário de Estado do Comércio reafirmou a decisão do Governo de Luanda de implementar o roteiro para a integração de Angola na Zona de Livre Comércio da SADC e iniciar negociações sobre o desarmamento aduaneiro para garantir uma adesão efectiva em 2021.

O Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2018-2022, recordou, preconiza a integração regional como prioridade política, na perspectiva da alteração estrutural das exportações angolanas, que continuam concentradas no petróleo.

O PDN prevê a criação de um quadro estável para a integração comercial de Angola na SADC, contribuindo para a abertura de novos mercados de exportação e para a redução de custos de importação, concluiu.