FMI prevê crescimento de 4% para África Subsariana
A África subsariana apresentará em 2019 um crescimento de 4%, um ligeiro aumento em relação aos 3,1% de 2018, segundo previsões do relatório FMI sobre Perspectivas Económicas Regionais para África Subsaariana, apresentadas hoje (15), em Luanda.
O representante do FMI em Angola, Max Alier, explicou que as perspectivas da região continuam boas, mas os riscos têm aumentado, devido a “fortaleza” da economia global e as tensões comerciais entre Estados Unidos, a China e outros países.
Em relação à economia angolana, o responsável refere que tem passado por um processo de ajustamento importante nos últimos tempos, como consequência da quebra que houve no preço do petróleo no mercado internacional.
Com os ajustamentos em curso, disse acreditar que haverá uma recuperação, que começará a partir de 2019, como reflexo positivo das medidas e políticas que têm sido implementadas no contexto do programa de estabilização macroeconómica e da implementação do Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN).
Segundo o relatório do FMI, a inflação tem vindo a cair e os desequilíbrios orçamentais estão a ser contidos em muitos países. Tendo em conta as políticas actuais, prevê-se que o crescimento acelere a médio prazo para 4%, um valor demasiado baixo para criar o número de empregos que se prevê necessários para absorver os trabalhadores recém-chegados ao mercado de trabalho.
Contudo, o FMI entende que existem preocupações relativas à qualidade do ajustamento orçamental e há que abordar de forma decisiva as vulnerabilidades subjacentes.
Para tal, é necessário progredir mais em termos de mobilização de receitas internas, para assegurar a sustentabilidade da dívida e criar espaço orçamental, com vista a realizar os tão necessários investimentos e despesas de desenvolvimento.
Até ao momento, o ajustamento orçamental reflecte largamente a recuperação do preço do petróleo para os países exportadores de petróleo, associada a cortes drásticos nas despesas de investimento em vários países.
“A Sonangol competia só com as empresas estrangeiras. Agora está a competir...