GARANTIA DO EMBAIXADOR JIRO MARUHASHI

Gestão de resíduos vai receber apoio do Japão

Parceria. Administrador Executivo da ANR aconselhou as instituições públicas e privadas a criarem um Plano de Gestão de Resíduos, como exigência pelo Plano de Estratégico de Gestão de Resíduos Urbanos.

Gestão de resíduos vai receber apoio do Japão

O Japão vai ajudar o Governo angolano na gestão e tratamento dos resíduos sólidos produzidos localmente. A garantia foi manifestada, na passada semana, pelo embaixador daquele país em Angola.

Na abertura da formação sobre ‘Gestão sustentável dos resíduos sólidos para países africanos’, numa parceria com Agência de Cooperação Internacional do Japão em Angola (JICA), cujo público-alvo são representantes do Ministério da Saúde, Instituto de Gestão Ambientais, ANR, gabinete de ambiente e gestão de resíduos, das administrações municipais, operadoras e UTGSL, Jiro Maruhashi, avançou que a ajuda será prestada através da Agência de Cooperação Internacional do Japão em Angola (JICA), e deverá contemplar um pacote de experiências do Japão sobre a matéria.

O diplomata explicou que a ajuda surge no âmbito das boas relações de amizade entre os dois países, para manter as cidades limpas aumentando, desta forma, a qualidade de vida da população.

Jiro Maruhashi acredita que, no futuro, haverá mais presença de empresas japonesas em Angola, quer do sector público, quer do privado.

A cooperação entre os dois países remonta a 1988 com uma ajuda de emergência através do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).

O administrador Executivo na Agência Nacional de Resíduos (ANR), Flávio António, esclareceu que seis milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos foram produzidos em todo o país no ano de 2021 e manifestou haver um desafio da agência, no trabalho contínuo com os governos provinciais para aferir a forma exacta e efectiva das quantidades de resíduos produzidos.  

Neste âmbito, o administrador Executivo da ANR aconselhou as instituições públicas e privadas a criarem um Plano de Gestão de Resíduos (PGR), como exigência pelo Plano de Estratégico de Gestão de Resíduos Urbanos (PESGRU) e que devem ser certificados pela ANR.

Actualmente, decorre um processo de apresentação e contínua implementação dos sete eixos do PESGRU, com a finalidade de as empresas saberem como devem ser produzidos, tratados, descartados e reaproveitados os resíduos. 

Segundo Flávio António, os resíduos produzidos localmente recebem maior solicitação para os Emirados Árabes Unidos, Índia e China, apesar de as quotas estabelecidas não terem sido extensivas a todas as tipologias excedentárias no país, explicando que as empresas operadoras como micro, pequenas e médias licenciadas a nível da Agência Nacional de Resíduos rondam as 140.