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Empresa esteve à frente do projecto desde 2012

Governo cessa contrato de porto em Cabinda com a Caioporto

O Presidente da República, João Lourenço, criou uma comissão designada para negociar a cessação do contrato de concessão para a execução do projecto de construção do Porto do Caio, em Cabinda, atribuído em 2012 à empresa Caioporto.

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A comissão de negociação vai ser coordenada pelo Ministério dos Transportes, consta do sumário do despacho presidencial n.º 66/18, de 30 de Maio, envolvendo a Caioporto, cujo principal acionista é o empresário suíço-angolano Jean-Claude Bastos de Morais, investigado pelas autoridades no âmbito da gestão de activos do Fundo Soberano de Angola (FSDEA). “Cria a Comissão de Negociação da cessação do contrato de concessão para a execução do projecto de construção do Novo Porto do Caio, celebrado entre o Ministério dos Transportes e a empresa Caioporto, S.A., coordenada pelo Ministro dos Transportes”, lê-se.

No resumo do documento não é adiantada mais informação sobre a alegada tentativa de afastamento da empresa Caioporto deste negócio, mas ainda a 24 de Maio, Jean-Claude Bastos de Morais usou as redes sociais para anunciar que estava em Cabinda, naquela obra.

“Avançando com o trabalho duro aqui em Cabinda”, escreveu o empresário, recordando que será o “principal porto de águas profundas de Angola”. “Uma vez concluído, este porto irá gerar crescimento económico sustentável e crescimento para os angolanos”, afirmou ainda.