PARA APOIAR NO PROCESSO DE REGISTO ELEITORAL

Governo contrata empresa portuguesa

O Governo escolheu a empresa tecnológica portuguesa Sinfic para apoiar tecnicamente e fornecer equipamentos ao processo do registo eleitoral, que arranca a 25 de Agosto, por quase 275 milhões de euros (50,7 mil milhões de kwanzas).

Em causa está um despacho presidencial, citado pela agência Lusa, que autoriza a contratação da Sinfic - Sistemas de Informação Industrial, para fornecer serviços de assistência técnica e equipamentos às entidades envolvidas no processo do registo eleitoral 2016-2017.

Esta consultora portuguesa já foi escolhida pela República Democrática do Congo, RDC, em 2014 para um projeto de "cartografia censitária", no âmbito do registo da população, no valor de 15 milhões de euros (mais de 16 milhões de dólares). Neste país, a Sinfic - que em África tem escritórios em Angola, Guiné-Bissau e Moçambique - tratou do recrutamento e da seleção dos colaboradores locais, para utilizarem tecnologia de ponta, através de uma parceria da consultora e da Fujitsu, visando cadastrar e registar os dados da população recorrendo a equipamentos do tipo 'tablet'.

Já o registo eleitoral angolano, que antecede as eleições gerais de Agosto de 2017, obrigará os 9,7 milhões de eleitores registados para a votação anterior, de 2012, a fazerem prova de vida, "para eliminar dos registos os já falecidos", explicou anteriormente o secretário de Estado angolano para os Assuntos Institucionais e Eleitorais, Adão de Almeida.

Acresce a previsão de inscrição de mais 1,5 milhões de novos eleitores, nomeadamente os que completaram 18 anos desde 2012. Mais de 24.000 angolanos concorreram às 2.872 vagas para as brigadas de registo eleitoral, processo que contará ainda com o apoio de 3.200 funcionários públicos destacados.

O registo eleitoral será garantido com 3.800 operadores para os Postos Destacados de Atualização de Dados (PDAD), móveis e que visam essencialmente validar os dados dos eleitores já inscritos.