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Malanje terá universidade pública

Governo reorganiza regiões académicas

ENSINO SUPERIOR. Não vai haver fusões de universidades, mas apenas alguns ‘rearranjos’. Institutos da Huíla, Cunene e Lunda-Norte serão afectados. A UAN também vai ter mudanças. 

Governo reorganiza regiões académicas
Mário Mujetes

As Instituições de Ensino Superior vão contar, em breve, com novas regras, através de um diploma que estabelece as normas sobre a reorganização da rede IES, analisada pela Comissão para a Política Social do Conselho de Ministros. O redimensionamento das IES ocorrerá de forma imediata, após aprovação do diploma pelo Conselho de Ministros e o Governo está convencido que poderá poupar das contas públicas 248 milhões de kwanzas.

O documento prevê redimensionar as já existentes, fundir algumas e criar novas instituições públicas de Ensino Superior

A iniciativa do Ministério do Ensino Superior visa aproximar as unidades orgânicas, contrariamente ao que acontece actualmente, em que a Faculdade de Medicina de Malanje depende da Universidade Lueji A’Nkonde, cuja sede está na Lunda-Norte.

Nesta província, funciona também, de forma autónoma, a Escola Superior Politécnica. Assim, no âmbito da proposta de reorganização, Malanje passará a contar com uma universidade pública, a partir do próximo ano.

O secretário de Estado para o Ensino Superior, Eugénio da Silva, revelou que a reorganização da rede de instituições de ensino superior públicas “vai racionalizar melhor os recursos financeiros e humanos”, reforçando que a medida “visa estabelecer a possibilidade de a rede de instituições do ensino superior públicas dar respostas adequadas às exigências dos programas de desenvolvimento local, assim como diversificar e equilibrar a oferta formativa”.

Além da criação da Universidade ‘Rainha Njinga Mbandi’, em Malanje, o diploma prevê a transformação da Academia de Pescas e Ciências do Mar do Namibe numa universidade.

A Universidade Agostinho Neto (UAN), por sua vez, vai acolher o actual Instituto de Educação Física e Desportos, assim como o curso do Instituto de Ciências da Comunicação será extinto.

A Universidade Mandume Ya Ndemufayo, com reitoria na Huíla, vai acomodar cursos das unidades orgânicas que estão no Cunene, que pertenciam à Universidade Cuíto Cuanavale.

As instituições do ensino superior do Moxico e Bié, pertencentes à Universidade José Eduardo dos Santos, vão tornar-se autónomas.

Eugénio da Silva garante que a execução do redimensionamento das instituições do ensino superior ocorrerá de forma imediata, logo após a aprovação do diploma pelo Conselho de Ministros.