Governo reorganiza regiões académicas
ENSINO SUPERIOR. Não vai haver fusões de universidades, mas apenas alguns ‘rearranjos’. Institutos da Huíla, Cunene e Lunda-Norte serão afectados. A UAN também vai ter mudanças.
As Instituições de Ensino Superior vão contar, em breve, com novas regras, através de um diploma que estabelece as normas sobre a reorganização da rede IES, analisada pela Comissão para a Política Social do Conselho de Ministros. O redimensionamento das IES ocorrerá de forma imediata, após aprovação do diploma pelo Conselho de Ministros e o Governo está convencido que poderá poupar das contas públicas 248 milhões de kwanzas.
O documento prevê redimensionar as já existentes, fundir algumas e criar novas instituições públicas de Ensino Superior
A iniciativa do Ministério do Ensino Superior visa aproximar as unidades orgânicas, contrariamente ao que acontece actualmente, em que a Faculdade de Medicina de Malanje depende da Universidade Lueji A’Nkonde, cuja sede está na Lunda-Norte.
Nesta província, funciona também, de forma autónoma, a Escola Superior Politécnica. Assim, no âmbito da proposta de reorganização, Malanje passará a contar com uma universidade pública, a partir do próximo ano.
O secretário de Estado para o Ensino Superior, Eugénio da Silva, revelou que a reorganização da rede de instituições de ensino superior públicas “vai racionalizar melhor os recursos financeiros e humanos”, reforçando que a medida “visa estabelecer a possibilidade de a rede de instituições do ensino superior públicas dar respostas adequadas às exigências dos programas de desenvolvimento local, assim como diversificar e equilibrar a oferta formativa”.
Além da criação da Universidade ‘Rainha Njinga Mbandi’, em Malanje, o diploma prevê a transformação da Academia de Pescas e Ciências do Mar do Namibe numa universidade.
A Universidade Agostinho Neto (UAN), por sua vez, vai acolher o actual Instituto de Educação Física e Desportos, assim como o curso do Instituto de Ciências da Comunicação será extinto.
A Universidade Mandume Ya Ndemufayo, com reitoria na Huíla, vai acomodar cursos das unidades orgânicas que estão no Cunene, que pertenciam à Universidade Cuíto Cuanavale.
As instituições do ensino superior do Moxico e Bié, pertencentes à Universidade José Eduardo dos Santos, vão tornar-se autónomas.
Eugénio da Silva garante que a execução do redimensionamento das instituições do ensino superior ocorrerá de forma imediata, logo após a aprovação do diploma pelo Conselho de Ministros.
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