Inaugurado novo campo petrolífero em águas ultras profundas
O Governo e a empresa petrolífera francesa Total inauguraram no sábado (10) a prospecção de um novo campo petrolífero em águas ultra profundas operado pela petrolífera francesa, dando um novo impulso para a recuperação da economia do país.
Localizado a 250 quilómetros ao largo de Luanda, o projecto Kaombo é a maior operação de prospecção de petróleo lançada em Angola no ‘offshore’ e que custou 14 mil milhões de euros.
O projecto localiza-se no Bloco 32, no Oceano Atlântico, na região central e Sudeste do bloco, a uma profundidade entre 1.400 e 1.950 metros, sendo que o crude será bombeado de seis campos, com reservas estimadas de 658 milhões de barris, espalhados por 800 quilómetros quadrados, o equivalente à área de Paris.
As reservas de crude vão ser produzidas através de uma das maiores redes submarinas do mundo, ligadas à superfície, pela primeira vez no caso da Total, e por duas embarcações (Kaombo Norte e Kaombo Sul), cada uma com mais de 300 metros de comprimento e que foram convertidas com torre de sustentação, possuindo uma capacidade de produção conjunta de 230.000 barris diários, isto é, 15% da produção actual do país para reservas totais estimadas em 660 milhões de barris.
A rede, com mais de 300 quilómetros de tubos, o que constitui o recorde mundial, foi colocada a 2.000 metros de profundidade para elevar os hidrocarbonetos para a superfície.
O projecto francês liderado pelo grupo, em parceria com a Sonangol, SSI (Sonangol Sinopec e chinês), Esso (EUA) e Galp (Portugal), é "uma oportunidade" para a recuperação e o desenvolvimento da economia angolana.
O presidente executivo da Total, Patrick Pouyanné, afirmou durante a inauguração, que Angola “vai manter a produção nos próximos anos”. “Há uma dinâmica muito positiva, os preços do petróleo estão mais altos e a disposição do Governo angolano para favorecer a indústria do petróleo é bem-vinda”, salientou o gestor.
A Total é o operador do Bloco 32, com uma participação de 30% e em parceria da Sonangol P&P (30%), Sonangol Sinopec Internacional (20%), Esso Exploration and Production Angola (Overseas) Limited (15%) e a Galp Energia (5%).
“Quem no fundo acaba por ter poder sobre o judicial...