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Em causa, falta de documentação necessária

Mais de 250 professores em Benguela podem não transitar de categoria

CARREIRA DOCENTE. Responsável do Gabinete da Educação em Benguela indica que 617 docentes têm dupla efectividade e tantos outros possuem certificados falsos.

 

Mais de 250 professores em Benguela podem não transitar de categoria

Pelo menos, 256 professores, de um total de 24.274 em Benguela, correm o risco de não transitar de categoria por não terem apresentado a documentação necessária para a mudança, conforme o novo Estatuto da Carreira do Agente da Educação, cujo processo começa a ser implementado a partir deste mês. Segundo o director do Gabinete Provincial da Educação de Benguela, Evaristo Calopa Mário, de acordo com o calendário do Ministério da Educação (MED), inicia este mês o processo de transição, com a alteração das respectivas categorias no Sistema Integrado de Gestão Financeira dos primeiros agentes, depois de exarados os despachos dos titulares das pastas da Educação e das Finanças.

A implementação deste novo estatuto, esclareceu, prevê a transição faseada para o 6.º escalão de todos os professores auxiliares do ensino primário, licenciados ou bacharéis diplomados, conformando o Decreto Presidencial nº 160/10, do Estatuto da Carreira dos Agentes da Educação.

O responsável explicou ainda que, no trabalho realizado, o Gabinete da Educação em Benguela identificou 617 docentes que exercem actividades em outros órgãos do aparelho do Estado, bem como destacou a necessidade de maior serenidade, uma vez que foram também detectados alguns certificados falsos durante a verificação da autenticidade dos documentos dos agentes da educação. “Para esses casos, vamos dar o devido tratamento nos termos da lei, pois, não podemos ter professores com documentos duvidosos”, enfatizou.

O anterior Estatuto da Carreira Docente contemplava quatro categorias e 27 escalões, tendo o actual apenas 13 categorias que vão regularizar a carreira do educador de infância, dos professores do ensino primário, secundário, do professor técnico pedagógico, dos especialistas da administração da educação, dentre outros.

O novo estatuto da Carreira dos Agentes de educação, aprovado em Conselho de Ministros em Maio de 2018, tem ainda o propósito de ajustar as carreiras e categorias à nova estrutura dos subsistemas do ensino geral, técnico profissional de educação de adultos, do ensino secundário pedagógico e das modalidades diferenciadas de educação, assim como aperfeiçoa o perfil de cada categoria e os requisitos de provimento.