O PCA, EXONERADO NA ÚLTIMA SEMANA, FOI RECONDUZIDO NO CARGO, NUM OUTRO DECRETO

Manuel Neto reconduzido no BDA

O presidente do conselho de administração do Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA), Manuel Neto da Costa, exonerado por decreto presidencial na última semana, foi reconduzido no cargo, num outro decreto assinado por José Eduardo dos Santos e divulgado sexta-feira no Diário da República.

Foram ainda reconduzidos ao cargo Ana Maria de Campos, como administradora, Constantino Manuel dos Santos, como administrador não executivo e Adérito Belmiro Correia.

Exonerados do cargo de administrador estão Válter Barros, Manuel Piedade Júnior, Daniel Domingos António, ao passo que, como administrador não executivo, foi exonerado Amândio Cardozo Reis Esteves. Para novos administradores entraram Abelina Lucinda Nambi dos Santos Angelino, Carlos Aires da Fonseca Panzo e Ângelo Pascoal Filipe.

Para administradores não executivos foram nomeados Mário Jorge de Alcântara Monteiro e Leonel Felisberto da Silva.

O documento em que se explicava as exonerações de todo o conselho de administração do BDA avançava que a medida teve como base “a necessidade de se dar continuidade às políticas públicas de financiamento bancário e a concretização dos objectivos socioeconómicos definidos pelo Presidente da República”.

O decreto, no entanto, não fazia menção ao novo conselho de administração, explicando somente que havia “necessidade de se efectuar o reajuste do conselho”, tendo em conta a “importância de se dar maior dinamismo ao novo conselho de administração do BDA”.

Recentemente, Manuel Neto da Costa revelou, em conferência de imprensa, que muitos dos projectos financiamentos pelo BDA foram reestruturados, com impacto no prazo de carência, tendo reforçado que o nível de imparidade da carteira de crédito do banco ficou próximo dos 50% até 31 de Dezembro de 2015, o correspondente a 55,9 mil milhões de kwanzas.

Manuel da Costa chegou a revelar, na altura, que cerca de 300 milhões de dólares emprestados a clientes já foram reconhecidos como perdas ao longo dos 10 anos de operação do banco.

No entanto, o BDA registou, ao longo dos últimos cinco anos, vários clientes que não pagavam os créditos, surgindo inclusive vozes que davam conta de que a instituição bancária estava em risco de falência.