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Miguel Luís, pCa do Pólo de Desenvolvimento Industrial de Viana (PDIV)

“Nenhuma empresa ficou sem aceder às suas instalações ou ficou sem produzir por falta de água ou de energia”

24 Aug. 2022 Grande Entrevista

O responsável do pólo de Viana apela ao Governo para ter em atenção a necessidade de se infra-estruturar o perímetro sob sua gestão. Defende mudanças nos diplomas, que já são de 1998, que levaram à criação do pólo, à semelhança da formação da Zona Franca. Justifica a ideia com as inúmeras dificuldades enfrentadas pelos empresários domiciliados. Miguel Luís garante que já não há terrenos disponíveis, contrariando a ideia de haver espaços, daí a urgência de se estender o PDIV a uma nova área de 150 hectares. Falta de condições básicas, sublinha o gestor, tem impedido a administração de cobrar taxas, mas assegura que nenhuma empresa se pode queixar de falta de água ou de energia.

“Nenhuma empresa ficou sem aceder às suas instalações ou ficou sem produzir por falta de água ou de energia”

A falta de condições básicas no PDIV persiste há anos. O que se tem feito para inverter o problema? 

É a maior preocupação da direcção do PDIV, porque a ausência de infra-estruturas cria um impacto muito negativo, não só no exercício da actividade dos industriais e das empresas, como também no preço final dos produtos. Estamos a falar de energia, da água, das estradas e do escoamento das águas fluviais. O capítulo da energia não constitui mais um problema, com a implementação de uma subestação de 100 megawatts. Agora temos ainda um excedente de capacidade na medida em que as empresas vão se instalando, vai sendo feito o transporte de energia. No capítulo da distribuição de água, temos um centro de distribuição. A questão não é a falta de água, o problema sério é a ramificação da tubulação para ligar as fábricas. Ou seja, é a instalação dos ramais. O nosso centro de distribuição tem capacidade suficiente para abastecer as fábricas que se encontram a nível do perímetro. Infelizmente, as infra-estruturas não foram criadas até ao momento, mas não estamos parados. Se andar pelo perímetro, vai poder notar que alguma instalação de ramais de tubulação para distribuição de água foi feita. Entretanto, tem sido num modelo que é, de certo modo, mais complicado de se efectivar na velocidade que pretendemos.

Qual é o modelo?

Nós entramos com a nossa maquinaria, com a mão-de-obra – já que a especializada vem da EPAL – e os materiais são fornecidos pelas próprias empresas, mas a título de financiamento porque têm retorno. Depois de instalado, o consumo de água que as empresas vão fazendo, até determinado período estabelecido pela EPAL, é a forma de serem ressarcidas pelo financiamento que fazem. Tem sido o mecanismo que temos usado, por isso, estamos com 14 quilómetros de tubulação e paulatinamente vamos construindo, enquanto não temos aprovação para que venha ser feito por via do investimento público.

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