MERCADO DE CAPITAIS

OIC com mais de 53 mil milhões

06 Oct. 2020 Economia / Política
OIC com mais de 53 mil milhões
D.R

O país conta já com 22 organismos de investimento colectivo (OIC), autorizados pela Comissão de Mercados de Capitais (CMC), para movimentar os fundos de investimento. Destes destacam-se o Atlântico Liquidez, com um capital social de 20 mil milhões de kwanzas, o BFA Oportunamente III, com igual valor, o Atlântico Propaty, com 13 mil milhões, e a Aliança Global Empreendimentos, com 42 milhões de kwanzas.

Maria Baptista, PCA da CMC, afirma que, “com estes organismos, é possível, actualmente, investir em fundos de investimento colectivo mobiliário e imobiliário no país”. Considerando que “Angola conta com um mercado mobiliário em crescimento que está a  contribuir para a diversificação da economia”, a gestora aponta que “a palavra-chave para o fundo de investimento é a unidade de participação”, sendo que “quem recebe um fundo de investimento recebe a sua unidade de participação e com a mesma pode receber os ganhos”.

Além dos OIC, a CMC tem apenas sob controlo quatro sociedades corretoras de Valores Mobiliários (SCVM) que servem de ponte para aconselhar os investidores sobre os investimentos e os riscos associados. Trata-se da África Brokers S.A, Growth, S.A, Lwei Mansamusa Brokers-SCVM, S.A e a Madz Global, S.A.

Maria Baptista, que interveio nesta segunda-feira no ‘webinar’ sobre finanças, promovido  no âmbito da ‘Semana do investidor’, recordou igualmente que o cidadão pode investir as suas poupanças na compra de títulos de dívida do Estado que são as Obrigações de Tesouro. “O Estado procura financiar os seus projectos e o cidadão com a sua parcela investe nestes investimentos e por via dos quais, recebe juros”, precisou, acentuando que “esta é a primeira forma de investimento em obrigações e é possível fazê-la hoje, através dos agentes de intermediação, que são os bancos ou as sociedades corretoras”.

A ‘Semana do investidor’ decorre até sexta-feira, 9, e estão agendados ‘webinares’ sobre ‘Inclusão financeira’, ‘Financiamento colaborativo’, ‘Crescimento da indústria da OIC’ e o ‘Futuro das finanças com as fintechs” e ‘Criptoativos’.