País ganha primeira sala de negócios este mês
PROMOÇÃO AO INVESTIMENTO. PCA da APIEX explica que novo espaço é uma ferramenta para facilitar encontros fora dos hotéis, visando a melhoria do ambiente comercial.
A Agência para a Promoção de Investimentos e Exportações de Angola (APIEX) vai disponibilizar, a partir do dia 20 deste mês, uma sala de negócios, instalada no seu edifício, em Luanda. O espaço, a ser inaugurado pelo ministro do Comércio, Fiel Constantino, vai “reforçar a promoção das exportações, melhorar o ambiente comercial em Angola e facilitar os encontros entre os investidores”, segundo o presidente do conselho de administração (PCA) da APIEX.
Belarmino Van-Dúnem explicou que a sala estará aberta todos os dias e vai permitir também uma “melhor acomodação” aos homens de negócio. “É mais uma ferramenta para facilitar os encontros fora dos hotéis que, muitas vezes, são caros”, realçou. Para a marcação das reservas, os empresários terão de pagar um valor que Van-Dúnem considera “simbólico” e que servirá para a gestão do espaço que terá todas as condições, como um café e serviço de impressão de documentos.
Van-Dúnem considera que o país já deu passos “significativos” quanto às exportações, mas alerta que precisa de produzir mais, garantindo que a APIEX tem assegurado o apoio institucional aos investidores e empresários que a procuram.
A abertura do “ espaço de encontro dos homens de negócios” foi anunciada na última sexta-feira, durante o acto de assinatura de um protocolo entre a APIEX e a Associação das Indústrias de Bebidas de Angola (AIBA), que “visa impulsionar as exportações das bebidas nacionais”.
Manuel Sumbula, presidente da AIBA, assinalou que as duas partes têm trabalhado juntas na identificação do potencial do sector das bebidas exportáveis para países vizinhos. Angola exporta actualmente bebidas para a Namíbia, África do Sul, República do Congo, Portugal e China, mas “de forma tímida”. O objectivo do protocolo passa assim por encontrar “mecanismos mais sustentados e coordenados para reforçar as exportações”.
Belarmino Van-Dúnem, por sua vez, referiu que o Executivo definiu “pilares estratégicos” para o desenvolvimento do país, que procuram promover as iniciativas do empresariado, no sentido de internacionalizar o comércio e contribuir para o equilíbrio do sistema financeiro angolano.
Os 35 membros da AIBA empregam, de forma directa, mais de 14 mil pessoas. Entretanto, o sector das bebidas, em 2016, enfrentou “problemas sérios na aquisição de divisas, o que obrigou a redução da produção de algumas unidades”, como notou Manuel Sumbula.
O responsável considera, no entanto, que se trata de um “problema transversal” a todos os sectores e que a AIBA mantém contactos com as instituições governamentais e o Banco Nacional de Angola, para a melhoria da alocação de divisas para a indústria das bebidas.
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