SOCORREM-SE DE TRABALHOS INFORMAIS

Pobreza põe cada vez mais crianças a trabalhar

TRABALHO INFANTIL. Trabalham com um pouco de tudo, desde engraxar sapatos, lotar táxis, venda de alimentos, varrer o interior de viaturas e muito mais. Algumas têm o consentimento dos pais, outras optam por trabalhar clandestinamente. 

Pobreza põe cada vez mais crianças a trabalhar

Com o aumento da pobreza e do custo de vida no país, várias crianças são forçadas a reforçar o já pesado ‘exercito’ de trabalhadores infantis. Por norma, desistem da escola por falta de condições financeiras dos encarregados e alguns nunca sequer estudaram. 

São crianças e adolescentes com idades compreendidas entre os 10 e os 15 anos, que aprenderam a encarar mais cedo a dura realidade da vida em Angola. O Valor Económico foi à rua para ouvir as suas histórias.

No município de Viana, propriamente na zona da Ponte Amarela, Joel, de apenas 15 anos, todos os dias, faz o uso da sua voz como instrumento de trabalho lotando táxis já há mais de um ano. Órfão de pai e mãe, reside na Caop B, município dos Mulenvos, com o irmão mais velho, que é segurança, e outros irmãos menores. Começou a lotar táxi um ano e meio depois de ter abandonado os estudos por falta de condições financeiras para custear os estudos.

“Parei de estudar na 6º classe, porque o colégio onde estudava aumentou a propina, e o meu irmão não tinha condições para continuar a pagar”, conta, estimando que factura até 2 mil kwanzas, por dia. O dinheiro é repartido com as despesas de casa e a compra de bens pessoais. Questionado sobre a possibilidade de voltar a estudar, visto que, por semana, pode arrecadar até 14 mil kwanzas, respondeu que actualmente a prioridade é continuar a ajudar a levar comida em casa.

Residente no bairro Bela Vista, no município de Viana, Melo, 13 anos, engraxa sapatos há cerca de três meses, nos arredores do mercado dos Congoleses, após convite dos amigos do bairro, numa altura que tinha deixado de estudar na 2ª classe, por, segundo conta, os pais não terem condições para pagar os estudos.

Para ler o artigo completo no Jornal em PDF, faça já a sua assinatura, clicando em 'Assine já' no canto superior direito deste site.