Isabel dos Santos considera vitória
Isabel dos Santos considera uma vitória o facto de o tribunal ter dado provimento à acusação contra a ex-eurodeputada Ana Gomes, que em Outubro, acusou a empresária de “lavar dinheiro em Portugal”. O julgamento do processo começou esta semana no Juízo Local Cível de Sintra.
“Independentemente do resultado do julgamento, para nós é já uma grande vitória termos acesso à justiça, e o tribunal ter aceite o caso”, explicou ao VALOR justificando o sentimento de vitória por o histórico mostrar ser difícil o tribunal aceitar queixas sobre difamação.
“Nos casos de defesa de personalidade, como foi o que interpomos, ou nos casos de difamação às vezes é difícil o tribunal aceitar a queixa. Há casos recente em Portugal contra Ana Gomes, em que o tribunal nem aceitou julgar! Por isso, isto já é uma vitória”
A empresária explicou que a decisão de avançar com a queixa se deve a insistência da eurodeputada em fazer acusações falsas sobre a sua pessoa. “Há anos que a ex-eurodeputada faz uma campanha negativa, e falsa sobre a minha pessoa. Durante muito tempo, na qualidade de eurodeputada, gozou de imunidade o que não permitia tomar nenhuma atitude em relação às falsas acusações e mentiras que fazia. Como a imunidade dela terminou, temos a possibilidade pela primeira vez de ir à justiça reclamar”, sublinha Isabel dos Santos.
Para lá das anteriores acusações proferidas por Ana Gomes contra Isabel dos Santos, a mais recente desavença entre ambas deu-se depois de a engenheira angolana ter revelado à agência Lusa, que se “endivida bastante, e que, entretanto, tem muito financiamento por pagar”. Em reacção à entrevista, a ex-eurodeputada escreveu em sua página da rede social Twitter, que Isabel dos Santos se “endivida porque lava que se farta”, além de “usar Portugal” como uma lavandaria.
No entanto, Isabel dos Santos considera falsa a afirmação. “É uma acusação grave ao sistema bancário angolano e português e tem consequências sobre milhares de clientes dos bancos. Simplesmente, a Ana Gomes está a dizer que bancos em Angola e Portugal fazem actividade ilícita e criminosas. Portanto, terá de provar”, avisa a empresária.
“A Sonangol competia só com as empresas estrangeiras. Agora está a competir...