‘Rankings’ académicos excluem universidades angolanas
CLASSIFICAÇÃO. Para contrapor a ausência das IES angolanas em rankings académicos, o Ministério de tutela defende a execução de acções para a melhoria dos serviços na comunidade académica.
O Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI) reconhece que as instituições de ensino superior angolanas (IES) não constam em nenhum ‘ranking’ académico internacional conceituado.
Em nota de esclarecimento a que a Angop teve acesso, o MESCTI, sem indicar as posições que ocupam, acrescenta que as IES angolanas estão apenas nos ‘rankings’ internacionais não académicos.
Segundo aquele órgão ministerial, os ‘rankings’ académicos baseiam-se nas principais missões das IES, nomeadamente, o ensino, investigação, transferência de conhecimento e perspectiva internacional, enquanto os não académicos baseiam-se tipicamente na presença das IES na internet, através dos seus portais.
Os ‘rankings’ académicos mais conceituados, refere MESCTI, são a ARWU-Shanghai, Times Higher Education e QS, sendo os não académicos a Webometrics e a uniRank, que “têm a sua importância, uma vez que, actualmente, a presença na internet é um indicador da popularidade de uma instituição”.
De acordo ainda com o MESCTI, a presença das IES nos ‘rankings’ académicos internacionais conceituados permite o aumento da visibilidade e credibilidade, a monitorização de desempenho, facilitando a comparação a nível internacional, a atracção de melhores estudantes/professores/investigadores, arrecadação de fundos, influência na concepção de políticas/reformas de governos, divulgação de dados académicos/científicos e a colaboração internacional.
Dados dão conta que, a nível mundial, em 2017, os Estados Unidos da América lideraram os principais ‘rankings’, seguido pelo Reino Unido. Em África, a África do Sul é líder em qualquer um dos ‘rankings’ académicos acima referidos, seguida pelo Egipto. A Universidade de Cape Town, da África do Sul, foi considerada, em 2017, a melhor universidade africana, ocupando a posição 148 a nível mundial, no ranking Times Higher Education (THE).
Para contrapor a ausência das IES angolanas em ‘rankings’ académicos, o MESCTI defende que se devam executar acções que resultem na melhoria dos serviços prestados e colocados ao dispor da comunidade académica.
“O MESCTI e seus parceiros sociais continuarão a trabalhar no sentido de se incutir mais qualidade (eficiência e eficácia) nos processos de ensino, investigação científica, extensão e internacionalização das suas instituições, em consonância com o rigor dos padrões internacionalmente aceites, para que Angola possa aspirar incluir as suas IES nos conceituados rankings académicos internacionais”, lê-se na nota de esclarecimento.
Angola tem oito universidades públicas e 10 privadas e mais de 60 outras instituições de ensino públicas e privadas, entre institutos, escolas e centros de investigação e pesquisa científica.
No início deste ano, a ‘UniRank’ incluiu as universidades Católica (UCAN), Metodista (UMA) e Técnica de Angola (UTANGA) na lista das 200 melhores instituições africanas de ensino superior, oficialmente reconhecidas, que melhor se destacaram em 2017.
A UCAN foi a primeira instituição nacional a surgir na lista, na posição 78 do ranking. Já a UMA, que detém dois pólos, em Cacuaco e no Kinaxixi, em Luanda, ocupa o 132.º lugar da tabela, Enquanto a UTANGA, que tem também dois pólos em Viana e no Capolo, em Luanda, ficou no 193.º lugar do top das 200 principais universidades do continente africano.
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