Se quiser, João Lourenço ainda vai a tempo
Não é apenas a pesada herança política que levou João Lourenço a ver-se nele próprio um putativo reformador. Os seus actos e o seu estilo simulam traços da personalidade política de alguém com vontade voraz de fazer alguma coisa. De deixar o seu nome inscrito em algum lugar na História.
Quando, em 2017, ainda na condição de recém-substituto de José Eduardo dos Santos, respondeu à agência EFE em Espanha que se via na pele do chinês Deng Xiaoping, deixou tudo em pratos limpos. O discurso era o de alguém que queria fazer diferente. Só que, como diz a sabedoria popular, entre o querer e o poder, às vezes, vai uma longa distância. E João Lourenço demonstrou-o de forma peculiar. Simultaneamente com miopia e desforra. Resumindo, com incompetência.
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