ZUNGUEIRA
MEMBROS DA SONANGOL OUVIDOS NA INSTRUÇÃO CONTRADITÓRIA

Testemunhas contrariam principais acusações da PGR contra Isabel dos Santos

02 Jul. 2025 César Silveira De Jure

JULGAMENTO. Antigo presidente da comissão executiva da Sonangol prestou declarações, assim como o representante da PwC Angola. 

Testemunhas contrariam principais acusações da PGR contra Isabel dos Santos


Pelo menos dois antigos membros da administração da Sonangol já foram ouvidos na instrução contraditória do processo movido contra Isabel dos Santos pela PGR e terão contrariado algumas das principais acusações da PGR.  

Paulino Jerónimo, actual presidente do conselho de administração da Agência Nacional de Petróleos, Gás e Biocombustiveis, que, à data dos factos, desempenhava o cargo de presidente da comissão executiva da Sonangol, e César Paxi, ex-administrador da petrolífera, foram arrolados pela defesa, e ouvidos a 19 de Junho, assim como Ricardo dos Santos, representante da PwC Angola. Segundo nota informativa a que o Valor Económico teve acesso, as testemunhas contrariaram “as principais alegações da acusação”, confirmando “a legalidade da actuação dos consultores”, assim como “os benefícios para a empresa e a legitimidade dos pagamentos”.

Entre as acusações da PGR consta que Isabel dos Santos, enquanto PCA da Sonangol, teria montando um esquema fictício de contratação de consultores com o objectivo de desviar fundos públicos da Sonangol, sustentando que os serviços não teriam sido prestados, apesar de terem sido pagos. 

A acusação fala também de pagamentos ilegais de salários, argumentando que administradores e directores teriam recebido salários ilegais em dólares, fora do sistema contabilístico da empresa por ordem directa de Isabel dos Santos. Sobre a referida acusação, as testemunhas terão garantido em tribunal, que “os salários foram decididos por deliberação unânime”.

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