Transferências do BFA para o BMA com novo código
BANCA. Envio de dinheiro de um banco para outro passa a ter novo código em virtude da fusão entre bancos Millennium Angola e Privado Altântico que viram seus números de contas alterados. Alteração foi anunciada pelo BFA.
As transferências interbancárias com origem no Banco de Fomento Angola (BFA) e com destino a contas bancárias que contenham códigos do extinto Banco Millennium Angola passam a contar com um novo código, devido a alterações no número de contas resultantes da fusão com o Privado Atlântico, revela a administração do BFA na sua página de internet.
De acordo com a nota do BFA, para que as operações de transferências continuem a ser efectuadas, os clientes do BFA deverão solicitar aos beneficiários um novo IBAN - Número Internacional de Conta Bancária, na sigla em inglês - do recém-criado Banco Millennium Atlântico (BMA), com o respectivo código do banco. Ou seja, o código 0034 fica descontinuado, dando lugar ao 0055, do banco saído da fusão. “Na sequência da fusão entre o Banco Atlântico e o Banco Millennium Angola, o BFA deixará de realizar transferências para contas cujo IBAN contenha o código do Banco 0034 (Banco Millennium Angola)”, avisa o BFA no seu portal de internet, com a data de Dezembro de 2016.
Na nota, o banco adverte que a medida afectará os canais de ‘homebanking’ do BFA, designadamente BFA Net, BFA App e BFA Net Empresas, abrangendo ainda as instruções ordenadas na rede comercial do BFA e na rede multicaixa. “Na composição do IBAN, o código do banco pode ser identificado pelos quatro dígitos apresentados a partir da quarta posição deste número. Ex: AO06 0055 0000”, ilustra o banco líder no ranking de lucros, nos balanços de 2014 e 2015, respectivamente.
A posição do BFA surge cinco meses depois de concluído o processo de fusão entre os bancos Millennium Angola e o Privado Atlântico.
Desde finais de Setembro e início de Outubro que o Millennium Atlântico (o banco saído da fusão) iniciou o processo de alteração de contas, este que foi das últimas fases do processo de fusão, conforme noticiou o VALOR no período.
O plano inicial previa manter os números de contas e de identificação bancária, o IBAN, dos clientes do ex-Privado Atlântico, sendo que, para clientes com duas contas – nos bancos fundidos – haveria integração, sustentado por um processo informático já criado pela nova entidade. “A quantidade de contas que já tinha manter-se-á e poderá visualizar a sua posição de forma totalmente integrada”, explicava a administração, num ‘e-mail’ interno, enviado aos funcionários sob a forma de FAQ, acrónimo inglês de perguntas frequentes.
Com a integração das contas, todas as operações passaram a ser executadas “num único sistema”, migração que decorreu entre 1 e 2 de Outubro. “O dia 3 de Outubro representa um importante marco nesta caminhada [de fusão]. Neste dia, estará efectivada a migração dos sistemas tecnológicos com os quais trabalhamos, sistemas que usamos para melhor servir os nossos clientes e o nosso país”, anunciou a administração, num outro correio, titulado por “alteração excepcional do horário-integração de sistemas”.
Desde 5 de Maio de 2016, os extintos bancos Millennium Angola e o Privado Atlântico passaram a ser uma única entidade – o Banco Millennium Atlântico – no seguimento do processo de fusão iniciado há um ano e que ficou ‘fechado’ com a integração das contas de clientes e do sistema informático.
ALTERAÇÃO PROTEGE RECURSOS
O Banco Millennium Atlântico assegurou, no entanto, a manutenção das “condições contratualizadas” para o caso dos clientes com poupanças, aplicações financeiras, contratos e demais compromissos anteriores à fusão, advertindo que “eventuais necessidades de actualização” seriam comunicadas atempadamente.
A nova entidade previu também manter outros serviços como cartões multicaixa, a utilização de cheques e terminais de pagamentos automáticos, associados às contas dos ex-bancos Millennium Angola e o Privado Atlântico.
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