UE disponibiliza 65 milhões de euros para combater seca
O embaixador da União Europeia em Angola, Tomás Ulicny, garantiu hoje (24) que vai disponibilizar, a partir do próximo mês, 65 milhões de euros para implementação de um programa de resiliência à seca nas províncias da Huíla, Namibe e Cunene.
Tomás Ulicny, que falava no final de uma reunião com a comunidade do Lubango, Huíla, afirmou que o programa, com uma duração de três anos, foi concebido pelo Ministério do Planeamento e Desenvolvimento e vai ser implementado por uma organização não-governamental portuguesa e também pelo Ministério da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, com auxílio dos respectivos governos provinciais. “Estamos prontos para apoiar as organizações da sociedade civil na região e temos que abater a seca para depois minimizar a fome, com apoios no crescimento social económico com a criação de empregos e introduzir novos métodos na agricultura”, disse.
O responsável declarou que no encontro com organizações não-governamentais realizado terça-feira à noite, no Lubango, foi acordado sobre as prioridades e as propostas relativamente aos sectores da saúde, a luta contra a violência nas famílias, violência sexual, mudanças climáticas, igualdade de gênero e a seca nas províncias do sul de Angola, em que muitos dos assuntos perturbam igualmente as sociedades europeias.
“Estamos a dar suporte, mas isso serve como uma base para apresentar as novas ideias pelo novo ciclo de apoio no quadro do financiamento europeu e também dos estados-membro em questões de interesse comum sobre as possibilidades de apoio em projectos, no âmbito da estrutura das organizações não-governamentais”, considerou.
O diplomata salientou, por outro lado, que estão conscientes que o governo angolano está a enfrentar desafios no sentido das reformas económicas, sobretudo no sector das finanças, mas também de crescimento da sua economia, na criação do emprego, área que vai merecer o interesse da União Europeia.
A delegação da UE conclui hoje visita de dois dias de trabalho à Huíla, onde esteve no Instituto de Gestão Económica e Finanças, um projecto apoiado pelos Países de Língua Oficial Portuguesa, a Universidade Mandume Ya Ndemufayo, o posto de registo de nascimentos da Maternidade “Irene Neto”, o museu Regional da Huíla, a Granisul/Melatosul do Grupo Socolil e locais turísticos como a Fenda da Tundavala e o monumento do Cristo Rei.
JLo do lado errado da história