Eleições

176 ONG nacionais dizem “não” ao terceiro mandato de Kabila

05 Jun. 2018 Sem Autor Mundo

Cento e setenta e seis movimentos para cidadania e organizações da sociedade civil congoleses publicaram, segunda-feira (4), em Kinshasa, uma declaração que rejeita um possível terceiro mandato do Presidente Joseph Kabila.

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As 176 organizações signatárias que também se pronunciaram contra uma eventual revisão da Constituição alegam que a sua decisão visa a preservar a democracia congolesa. “Nós, membros das organizações da sociedade civil e dos movimentos para a cidadania signatários da presente declaração, engajados na luta para a preservação da democracia pela alternância democrática e o surgimento de um estado de direito na RDC, condenamos a retórica dos quadros da MP sobre a candidatura de Joseph Kabila para um terceiro mandato e a revisão da Constituição em violação dos seus artigos 70 e 220, e do acordo de São Silvestre”, declarou Georges Kapiamba, presidente da ACAJ, co-signatária da declaração.

Por seu lado, o político Pierre Lumbi, presidente do G7, uma plataforma coligada ao “Ensemble” de Moise Katumbi Chapwe, indicou em conferência de imprensa que o 23 de Dezembro é a ultima data para todos, e que não deve ser adiada, independentemente das circunstâncias. “Exigimos eleições sem Joseph Kabila, que não consegue desanuviar o clima político, apesar das recomendações do Acordo de 31 de Dezembro de 2016”, declarou.

Pierre Lumbi, antigo conselheiro de Joseph Kabila para a Segurança nacional, é presidente do Partido para a Renovação. O mesmo abandonou a Maioria presidencial, em 2015, quando constatou que o actual Presidente da República manobrava para se manter no poder. Com os outros contestatários criou uma coligação de sete partidos ‘G7’, que tem em Moise Katumbi Chapwe, o seu candidato.