Endiama ‘despacha’ empresas
Ganga Júnior, presidente do conselho de administração da Endima, anunciou, nesta segunda-feira, em Luanda, que a estatal vai avançar com a alienação, ainda este ano, de algumas empresas do grupo, com destaque para o Hotel Diamante, mas não garante a manutenção dos postos de trabalho.
O gestor apontou os ‘caminhos da privatização’, no balanço das actividades da Endiama, reforçando que aquele activo, onde a diamantífera tem uma participação maioritária, é para vender ainda este ano.
No rol de privatizações, terá o mesmo destino a Enditrade, responsável pela logística. Já a empresa de segurança Alfa 5 poderá continuar a operar, mas na base da redução da participação de 70% para apenas 30% do capital.
Por enquanto, a Clínica Sagrada Esperança ‘escapa’ da privatização “porque funciona um bocado como seguro de saúde, assegurando a assistência médica e medicamentosa a todos os trabalhadores”, segundo o PCA. Aliás, a decisão da administração passa por criar também, no leste, uma clínica do género.
Nas unidades a privatizar, os postos de trabalho estão ‘tremidos’. Ganga Júnior foi claro: “Fazemos tudo para não trazer mais desgraças, mas não posso garantir que o novo dono assuma 100% de tudo (…) e não queira reestruturar alguma parte do negócio. Com certeza vai precisar de pessoas, mas o emprego não é imutável”.
O Programa de Privatizações (Propriv) apresentado pelo Governo angolano no ano passado prevê a alienação total ou parcial de 195 empresas, incluindo algumas de ‘peso’ como a Endiama ou a petrolífera Sonangol.
JLo do lado errado da história