Agências de viagens em risco de encerramento definitivo
Sector é dos mais afectados pela pandemia da Covid-19, por causa do fecho das fronteiras em várias partes do mundo. Agentes turísticos com futuro incerto. .
Muitas agências de viagens correm o risco de encerrar “definitivamente” ou de serem obrigadas a “redesenhar” o portefólio de negócios, com o agravamento da crise.
A presidente da Associação de Agências de Viagens e Operadores Turísticos de Angola (Aavota), Catarina de Oliveira, explicou ao VALOR que as agências de viagens já vêm enfrentando uma “desaceleração no volume de negócios por causa da crise” e que “a Covid-19 só veio piorar”.
“Isso levou a que a maior parte das agências tivesse de fechar. Sem viagens, sem hotéis, restaurantes e recepção de turistas não há negócios”, esclarece.
Com 120 agências até há um mês, Catarina Oliveira acredita que o número actualmente deve ser bem menos. E não apenas por causa da Covid-19, mas também pela “volatilidade” e “instabilidade” do negócio.
Insistindo que a maioria das empresas está numa situação “complicada e grave”, a representante dos operadores turísticos acredita, no entanto, que a pandemia vai obrigar a que os operadores “estiquem” os horizontes, além da venda de bilhetes de passagem. “Estamos a repensar como iremos sair desta situação e redefinir os negócios. Não vamos apenas vender bilhetes de passagem”, anuncia.
Os associados da Aavota têm sido estimulados a realizar cursos para estruturação de pacotes de viagens e a fazer alianças com hotéis, restaurantes e entidades viradas para a cultura. “Tudo o que for lazer os agentes podem fazer. E também pode passar pela saúde e educação. Temos de fazer o que o mundo inteiro hoje em dia faz. E tentar até estruturar as agências para que sejam agências virtuais. Hoje em dia, a maioria das compras dos serviços é feita na internet”, comenta, referindo que a associação tem acatado as orientações do Governo.
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