BNA sai da EMIS até Dezembro
A EMIS, entidade que gere o cartão multicaixa e a rede de terminais nacionais, prevê que o Banco Nacional de Angola (BNA) conclua a retirada gradual do capital social da empresa até final de Dezembro deste ano.
A decisão da retirada do banco da EMIS está tomada desde o arranque da empresa em 2001, quando o BNA detinha 100% do capital. E foi diminuindo ao longo dos anos. Actualmente, o banco central ainda detém 35% do capital social, segundo a página da internet da EMIS consultada pelo VE. O regulador é seguido pelo Banco de Fomento Angola (BFA), com 10%, e também pelo Banco de Poupança e Crédito (BPC) também com 10%.
De acordo com o Relatório do Exercício Económico do ano passado da EMIS, na mensagem do presidente do conselho de administração, Pedro Puna, apesar da “envolvente macroeconómica pouco favorável o movimento transaccional da rede Multicaixa continuou a crescer e situou-se nos 26% em relação ao ano transacto”.
Foram feitas 570 milhões de transacções financeiras no subsistema de cartões. A EMIS apresentou um resultado final de 927 mil milhões de kwanzas cuja aplicação “obedecerá aos estatutos da sociedade”.
A empresa também expressa que o auto-financiamento foi bastante sacrificado nos últimos cinco anos o que afectou a capacidade de investimento. A redução no investimento ainda não teve “consequências graves” , lê-se na mensagem do CEO, mas avisa, que não poderá manter-se por “muito tempo” sob “risco de deterioração dos níveis de serviço”.
O ano passado ficou ainda marcado, para a EMIS, pela entrada em serviço do Multicaixa Express que constitui um dos projectos “de maior sucesso” que a empresa já desenvolveu. Foi também sublinhado a conclusão do sistema de Débitos Directos e avanços no Gateway de pagamentos Online, “uma iniciativa fundamental para dinamizar o comércio electrónico”, lê-se na mensagem de Pedro Puna.
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