Angola espera que presidência da CPLP seja de continuidade e com um "pilar económico"
O ministro das Relações Exteriores, Téte António, sublinhou que espera que a presidência angolana da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a iniciar no próximo mês, seja de continuidade, prevendo destaque para o "pilar económico".
“Nós pensamos que a presidência nunca é uma tábula rasa. Quando se assume uma presidência é para dar continuidade ao que a organização já tem feito, mas claro que cada presidência também traz a sua contribuição para que a nossa organização continue com a mesma vitalidade que já tem”, afirmou o chefe da diplomacia perante a comunicação social após um encontro com o secretário-executivo da CPLP, na sede, em Lisboa.
“Precisamos de falar do factor económico. E, portanto, a presidência angolana gostaria muito de ver o pilar económico a ocupar um lugar de destaque entre nós. Podemos circular, mas se não consolidarmos as nossas economias, reforçarmos a nossa cooperação, a nossa própria circulação será afectada”, apontou Téte António.
O ministro das Relações Exteriores de Angola considera que “é preciso que este pilar económico encontre um lugar” dentro da organização.
Angola assumirá oficialmente a presidência da CPLP durante a cimeira de chefes de Estado e de Governo agendada para 16 e 17 de Julho, em Luanda, sucedendo a Cabo Verde, que teve o seu mandato prolongado por mais um ano devido à pandemia da covid-19.
Téte António destacou também a importância da cooperação económica entre os Estados-membros no contexto da pandemia da covid-19, sublinhando que esta “não pode parar a vida”.
“Estamos de acordo que a pandemia não pode parar a vida, portanto isso significa que é preciso adaptarmos as nossas economias, os nossos métodos para esta fase da pandemia (…) e ver, também, como é que nós vamos sair desta pandemia e como é que vamos recuperar as economias que foram tão afectadas, daí a necessidade de juntarmos os nossos esforços, porque ninguém vai poder fazer isto sozinho”, vincou.
“A Sonangol competia só com as empresas estrangeiras. Agora está a competir...