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Estimados 13 mil contra os 35 mil das associações

GPL duvida dos números divulgados pelos taxistas

TRANSPORTES. Governo provincial aponta para metade dos meios registados pelas associações. Número de motas também levanta dúvidas às autoridades provinciais.

GPL duvida dos números divulgados pelos taxistas
D.R

O Governo Provincial de Luanda (GPL) acredita que o número de táxis, os ‘candongueiros azuis e brancos' que circulam em Luanda, não seja o que as associações divulgam.

As associações de taxistas de Luanda apontam para 35 mil táxis a circular em toda a província. No entanto, o governo tem outros números: apenas metade, ou seja, 17.500. E destes, somente 4.500 é que se encontravam registados e licenciados até ao ano passado.   “O restante [ pelo menos 13 mil] está na ilegalidade”, garantiu o director provincial dos Transportes Tráfego e Mobilidade Urbana de Luanda, Filipe Comandala, durante a apresentação do projecto do Metro de Superfície de Luanda.

Filipe Comandala chega mesmo a caracterizar  as discussões e divergências com as associações, em relação ao número de táxis, como uma "guerra”. E nota que, para se chegar a um número “real”, é necessário fazer um trabalho em que se envolva a Polícia Nacional. “Temos de fazer algumas operações para encontrar um número real”, refere.

O GPL tem também dúvidas quanto ao número de passageiros que os taxistas garantem transportar todos os dias em Luanda. As associações asseguram que cada táxi transporta, em média, 240 passageiros por dia, o que resulta nos cálculos de 8,4 milhões de passageiros diários. Mas o governo acredita que o número real seja muito inferior ao apresentado, ou seja, apenas metade.

Também a circulação de motociclistas levanta dúvidas ao GPL. Como não há um regulamento, as motas vão ganhando terreno todos os dias em Luanda. Ainda assim, também há divergências. As associações registam um total de 62 mil motociclistas, que transportam por dia 1,2 milhões de passageiros. O governo questiona os números e afirma que, tal como acontece com os candongueiros, este número também se situa em apenas metade. “É um trabalho que precisamos de aprofundar e que vai levar algum tempo”, admitem os responsáveis do GPL.