EMIS atribui as enchentes nos Multicaixa aos bancos
A Empresa Interbancária de Serviços (EMIS), gestora da rede Multicaixa, declarou, esta sexta-feira, não ter responsabilidades sobre as longas filas que se verificam, nos últimos dias, para levantamento de kwanzas nos Caixas Automáticos.
O administrador da EMIS Joaquim Caniço garantiu que os Caixas Automáticos (ATM) estão a funcionar com "sem problema nenhum” e que, nos registou disponíveis, "não constam anomalias relevantes no funcionamento da rede” no período pelo que perduram as filas.
Joaquim Caniço considerou tratar-se "de uma questão essencialmente de logística que deve ser solucionada pelos bancos, a ABANC [Associação Angolana de Bancos] ou ao BNA”.
A logística de carregamento de notas e papel é da responsabilidade dos bancos, apesar de haver protocolos de monitoramento entre estes e a EMIS no domínio da informação sobre o estado de disponibilidade de cada Caixa Automática, prosseguiu o administrador.
A EMIS, um consórcio dos bancos que operam no mercado angolano, também tem a responsabilidade de garantir o funcionamento e segurança dos ATM, acrescentou Joaquim Caniço.
As filas que se verificam este mês estão relacionadas com o levantamento de salários e pensões, pagos geralmente na última semana do mês, apontou Joaquim Caniço, o que foi reforçado pelo presidente da ABANC, Mário Nascimento, que lembrou, em declarações à nossa reportagem, que o sistema depara-se com esses "picos” de forma cíclica, na transição de um mês para outro.
"Há o problema dos picos [períodos de consumo mais intenso] que, este mês, foi mais notado que nos outros”, reconheceu o Mário Nascimento, lembrando campanhas promovidas pela banca a recomendar o uso mais frequente dos cartões nos pagamentos, algo que considerou requerer maior divulgação.
De acordo com o administrador da EMIS, o pagamento de salário e das pensões de reformas acabam por pressionar o dinheiro disponível nos terminais Multicaixa, uma vez que são pagos ao mesmo tempo e na parte final de cada mês.
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