Produção de ‘terras raras’ arranca em 2023
RECURSOS NATURAIS. Ministro Diamantino de Azevedo apresenta balanço do sector das minas no Kwanza-Norte a aponta vários projectos em fase de prospecção e exploração em várias províncias. Ferro, ouro, calcário, cobre e terras raras na ordem do dia.
A produção e a primeira fase de beneficiamento de ‘terras raras’ (neodímio e praseodímio) no município de Longonjo, Huambo, devem iniciar em 2023, anunciou o ministro dos Recursos Minerais, Petróleos e Gás, Diamantino de Azevedo, no balanço recentemente apresentado no Kwanza-Norte, por altura do 6.º Conselho Consultivo do Mirempet.
O neodímio e o praseodímio são dois recursos minerais importantes na indústria electrónica e servem para o fabrico de baterias para carros eléctricos. Diamantino de Azevedo revelou que, para além desta concessão do Longonjo, existem outras áreas em fase de prospecção no Namibe, Huíla e Cunene.
Outro recurso em prospecção, no Namibe, é o lítio, que conta com diversas aplicações na indústria, incluindo cerâmicas e vidros, ao passo que o cobre se encontra em fase avançada de estudo de viabilidade técnico-económico no Uige.
Entre 2017 e 2021, no âmbito do fomento das actividades geológicas e mineiras, o Ministério procedeu à outorga de 644 títulos, 140 dos quais de prospecção, 288 de exploração, 259 alvarás para diversos recursos minerais com destaque para o diamante, ouro, ferro, manganês, nióbio, elementos de terras raras, metais ferrosos, metais básicos, calcário, areia siliciosa, gesso, granito, mármore, gnaisse, basalto, fosfato, bem como minerais industriais como a fluorite, berílio, lítio e cobalto, águas minero-medicinais e outros.
Especificamente sobre o ouro, o balanço aponta para a conclusão e implementação dos projectos mineiros de Chipindo, na Huíla, e Gandavira & Samboto, no Huambo. Entre 2019 e 2020, a produção foi inicialmente de 0,75 milhares de onças, crescendo para 5,44 milhares de onças, respectivamente.
Já a produção de rochas ornamentais se situou nos 47,52 mil metros cúbicos, em 2017; 54,75 mil metros cúbicos em 2018; 46,34 mil metros cúbicos em 2019 e 71,68 mil metros cúbicos em 2020.
A produção de calcário esteve na ordem de 2,67 mil metros cúbicos, em 2017, disparando para 32,79 mil metros cúbicos no ano seguinte, antes de baixar para 26,18 mil metros cúbicos em 2019. No ano passado voltou a cair, cifrando-se em 18,81 mil metros cúbicos.
Neste sector, segundo a análise, está em curso a identificação de zonas com predominância de calcário dolomítico para a sua promoção, bem como a identificação e legalização das empresas fornecedoras deste material ao Ministério da Agricultura e Pescas.
No segmento do ferro, o balanço reporta o acompanhamento dos projectos de pesquisa e exploração de Kassinga, Kutato-Cuchi, e Kassala-Kitungo. Ainda neste domínio, o ministro Diamantino de Azevedo anunciou a primeira exportação de 61.650 toneladas de minério na semana de 8 a 15 de Agosto e a previsão da construção de uma siderurgia na cidade do Namibe, em 2024.
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