Líder da Frente Patriótica diz que Angola reclama pela alternância
O líder da UNITA e da recém-proclamada plataforma política Frente Patriótica Unida, Adalberto da Costa Júnior, disse hoje que Angola reclama por uma alternância de poder e admite replicar este modelo eleitoral 'ad hoc' nas autarquias.
Adalberto da Costa Júnior falava hoje no Centro de Convenções de Talatona, onde três forças políticas assinaram o acordo que formalizou a Frente, e iniciou o seu discurso endereçando um convite a todos os que se queiram juntar ao que descreveu como um movimento "restaurador da esperança" e que demonstra que "é possível diferentes entidades juntarem-se e trabalharem juntas" em prol do interesse nacional.
"Estamos dispostos e prontos a responder à vontade do soberano, do povo, que tem pedido de forma insistente para nos juntarmos na liderança que o país precisa, que o país espera", sublinhou o presidente da União Nacional para a Independência Total de Angola.
"Angola, a nossa pátria, reclama por uma alternância", prosseguiu, dizendo que o país está "sacudido pelo desespero" e pela "incerteza, desconfiança e continua degradação do tecido económico".
Segundo Adalberto da Costa Júnior, a alternância que a Frente Patriótica Unida propõe visa libertar o país do medo, das oligarquias que sugam a riqueza de todos e da pequena corrupção.
Afirmou ainda que este ente jurídico, que hoje foi formalizado através da assinatura de um memorando de entendimento entre os líderes da UNITA, do Bloco Democrático e do PRA JÁ Servir Angola, para concorrer às eleições gerais de 2022, foi configurado desta forma para ultrapassar os bloqueios que o Tribunal Constitucional poderia colocar a uma coligação eleitoral.
A plataforma vai concorrer com base numa lista única e num programa comum de governo, ficando aberta a possibilidade de replicar o mesmo modelo na realização das autarquias locais, adiantou.
“A Sonangol competia só com as empresas estrangeiras. Agora está a competir...