Juíza ordena detenção de ex-gestor
Foi ordenada, a detenção de Manuel Sahando Neto, ex-director-geral do Instituto Superior Politécnico da Huíla (ISPH), por não ter comparecido na primeira audiência de julgamento, devido a um processo em que é acusação de peculato. Sobre o acusado, pesa a suspeita de desvio de 50 milhões de kwanzas entre 2011 e 2015, para a compra de equipamentos para a montagem de nove laboratórios.
Segundo a juíza Edna Bebeca, que decretou a medida, a presença do arguido na sessão de julgamento, adiada para a próxima quinta-feira, 28, “é obrigatória”, em cumprimento do artigo 379 do Código Penal, porquanto a produção de prova sem a presença do réu “põe em causa a justiça”.
É assim que a juíza notifica o Ministério Público a levar o réu sob custódia na próxima data, salvo se existirem “razões ponderadas e justificadas não verbalmente”.
O advogado justificou a ausência do constituinte por estar a recuperar de um AVC (Acidente Vascular Cerebral), desde 2017, estando a receber tratamento domiciliar.
Dois empresários, na condição de declarantes, que teriam recebido a verba para a compra dos equipamentos, mas que não foi materializada, estão igualmente arrolados no processo que começou a ser investigado em 2017. Manuel Neto foi director-geral do ISPH de 2011 a 2015, uma unidade orgânica da Universidade Mandume Ya Ndemofayo. Os cursos de Engenharia de Construção Civil, Engenharia Mecânica e Geologia e Minas no ano académico 2021/2022 no ISPH foram suspensos devido à falta de docentes e de laboratórios.
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