A nossa prioridade no imediato é consolidar os investimentos
A empresa de alimentos e bebidas, Promasidor Angola, já formula e embala no País alguns dos produtos antes importados, diz o seu Director-geral, Augusto Cunha.
Desde a sua criação, a Promasidor Angola fez injecção de capital adicional ao investimento inicial?
O Grupo Promasidor é acionista da FPAL desde a sua fundação Agosto de 1996. Em 2015, o Grupo adquire a totalidade das acções e assume o controlo. A operação não envolveu aumento de capital.
Qual é a cota de mercado da empresa hoje no sector que actua?
Sendo que não existe relatórios oficiais nem dados recolhidos de forma independente, nós estimamos que detemos actualmente uma cota de mercado de cerca de 40% na categoria do leite em pó.
Volvidos 20 anos qual é o balanço do investimento feito em Angola comparativamente aos outros países onde o grupo está representado?
No global o balanço que fazemos é positivo. Estar presente numa das principais economias do continente é de importância estratégica para o grupo. Acreditamos que estamos no caminho certo para cumprirmos a nossa missão e sermos altamente competitivos. Comparativamente aos outros 30 mercados onde estamos presentes a comparação mais óbvia seria com o Gana e Nigéria, que têm negócios muito diversificados e com bastante produção local que é precisamente o que pretendemos para Angola.
Quais são os produtos Promasidor Angola que mais vendem e preferidos dos consumidores?
O nosso número um é o Leite Cowbell que também é o actual líder de mercado. Esta posição de liderança conquistou-se oferecendo um produto de qualidade fortificado com 28 vitaminas e minerais, que está amplamente disponível nos mais variados pontos de venda e em diversos formatos, adaptados ao poder de compra de todos os consumidores.
Qual é o volume de facturação e lucros da empresa entre 2019 e 2020?
Nós tratamos os nossos dados de vendas com confidencialidade por razões comerciais. A nossa prioridade foi a de manter os preços o mais acessíveis possível e, por isso, sacrificamos algumas margens de lucros.
Em que medida a COVID-19 interferiu na actividade da vossa empresa?
Pensamos que por essas medidas terem sido eficazes, a incidência da covid nos nossos trabalhadores foi quase nula. O maior impacto foi na actividade económica.
Um orgulho não ter despedido colaboradores…
Apesar de alguns constrangimentos e atrasos na importação de matérias-primas, orgulhamo-nos no facto de não termos tido em 2020 rupturas de stock significativas, e de não termos efectuado despedimentos.
Já alguma produção local da Promasidor Angola, sendo o segundo investimento no continente depois da RDC?
Actualmente a nossa unidade de produção já formula e embala em Angola leite em pó e por essa via contamos servir quase a totalidade da procura pelos nossos produtos. Além do leite também formulamos e embalamos Sumo de Fruta instantâneos (da marca AMILA). Estes eram anteriormente importados como produto acabado da África do Sul. Com a mudança para a produção em Angola, incorporam 50% de matérias-primas e de embalagem angolanas e por essa via conseguimos reduções de custo e preço pago pelos consumidores em cerca de 25%. Em Março de 2021, lançamos também a nossa marca TWISCO DE Achocolatado para o leite. Este produto é formulado e embalado em Angola com incorporação de matéria-prima angolana. Em Abril lançaremos uma marca de chá (Top Tea) que embalamos também em Angola. De momento importamos a folha de chá, mas muito gostaríamos que os agricultores nacionais respondessem ao desafio de cultivar chá em Angola.
Que projectos estão em carteira para desenvolver proximamente no País e quanto estão avaliados?
A nossa prioridade no imediato é consolidar os investimentos que fizemos. Nomeadamente, a fábrica em Luanda inaugurada em 2018, e mais recentemente de sumos, achocolatados e chás.Finalmente, vamos lançar agora em Abril um chá empacotado em Angola. Lavaremos ao consumidor um chá de qualidade embalado de uma forma que garante frescura a um preço acessível ao consumidor angolano.
Qual o número de colaboradores da Promasidor?
Em África empregamos directamente e aproximadamente 10 mil pessoas das quais 200 em Angola. Em Angola estimamos que inderectamente damos trabalho a mais de 5 mil pessoas.
“Quem no fundo acaba por ter poder sobre o judicial...