“A segurança alimentar precisa de ser mais trabalhada”
Admite haver muita especulação e que houve açambarcamentos, sobretudo durante a pandemia e, em especial, com os produtos da cesta básica, mas confia que a situação tem melhorado. Diógenes de Oliveira revela ainda os “atropelos” que tem enfrentado com as administrações municipais e conta ainda o novo ‘modus operandi’ dos comerciantes que já têm máquinas para adulterar produtos.
Está satisfeito com os resultados alcançados pela Aniesa?
Ainda temos muito de trabalhar. O trabalho de inspecção, principalmente na segurança alimentar, requer sempre novos desafios. A nossa actividade não é só garantir a segurança alimentar, mas também trabalhar para não existir subversão económica. Temos de trabalhar para não termos comerciantes que especulam com os preços e que açambarcam. Temos de evitar a falsificação de produtos. Tudo isso é um trabalho desde Outubro de 2020. Sentirmos que fizemos alguma coisa passa por vários aspectos. Um deles é a formação contínua dos inspectores. Hoje, os comerciantes já têm um modo de trabalhar diferente. Já têm máquinas para adulterar a data de caducidade dos produtos. Os inspectores hoje devem estar formados para darem conta de situações do género, que atentam contra a segurança alimentar e também contra a própria protecção económica do consumidor.
Como conseguem detectar essas alterações nos rótulos?
Em qualquer sociedade, existem bons e maus. Existem responsáveis e irresponsáveis. Existem ‘artistas’, que é o que chamamos a esses comerciantes que tentam fazer um filme dentro de uma sociedade gerida por normas e leis. Várias vezes detectámos acções através de exames laboratoriais. A actividade inspectiva não é ver rotulagem. Trabalhamos com outros entes como a PGR, SIC e DIIP e laboratórios. Quando denotamos a ‘olho nu’ que o produto apresenta indícios de inconformidade, tomamos uma decisão cautelar. Apreendemos o produto, selamos a zona e solicitamos exames.
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