ANGOLA GROWING
Victor Fontes, presidente da ASAER

“A tarifa de produção da energia eléctrica não é nada atractiva para o investidor”

18 May. 2022 Grande Entrevista

Critica os 14 kwanzas o kwatt/hora da tarifa fixada pelo Governo para a produção de energia eléctrica, porque "afasta quem queira entrar no negócio" e “inibe o desenvolvimento das empresas”. O presidente da Associação Angolana de Energias Renováveis (ASAER) defende o fim dos subsídios, não só na electricidade, como também de outros sectores, como das águas.

“A tarifa de produção da energia eléctrica não é nada atractiva para o investidor”

Como olha para a actual tarifa de produção da energia eléctrica?

Para este período de governação, até 2022, o objectivo era chegar até aos 50%. Não tenho os últimos dados, mas, aparentemente, o período recessivo que vivemos e a pandemia terão ceifado este objectivo, mas há a necessidade de se continuar a investir mais neste sector. Os grandes investimentos foram feitos na produção e, em parte também, no transporte. Também já houve muito investimento na distribuição, mas é claramente ali onde agora tem de se investir mais por haver excesso de produção. Também na distribuição, o quadro legal permite a participação dos privados, porém, há um grande óbice que tem que ver com a tarifa.

Porquê?

O facto de continuarmos com uma tarifa altamente subsidiada não só enfraquece as empresas públicas, que acabam por não serem auto suficientes a desempenharem cabalmente o seu papel, como não é atractiva para o investidor. Neste momento, a tarifa, mesmo para as empresas do sector, tem essa dificuldade até de cobrir os custos operacionais. A tarifa de 14 kwanzas o kwatt/ hora, se multiplicada por 420, teremos um valor irrisório. A tarifa de produção de energia eléctrica não é nada atractiva para o investidor.

Para ler o artigo completo, subscreva o Valor Económico, por transferência, para A006 0051 0000 7172 9933 1532 1 e envie o comprovativo para assinaturas@gem.co.ao ou ligue para 00244 941 784 791 e 00244 941 784 792.