AAA inaugura os primeiros hotéis da rede IU
HOTELARIA. Lançadas em finais de 2009, cadeias de hotéis que comportam 78 unidades, incluindo 21 de outra rede – IKA –, deviam estar concluídas quatro anos depois. No entanto, apenas três devem entrar em funcionamento até fim do ano.
A seguradora AAA inaugura, em Novembro e Dezembro próximos, os primeiros três hotéis da rede IU, num conjunto de sete já concluídos, antecipou ao VALOR o presidente do conselho de administração (PCA) da empresa, Carlos São Vicente.
Com uma capacidade de 120 quartos, o hotel IU, localizado em Talatona, o primeiro da rede a ser inaugurado no próximo mês, comporta dois edifícios, ao passo que os de Cacuaco e de Viana, com 180 quartos cada um, são compostos de três edifícios, estando toda a cadeia direccionada para o segmento médio baixo.
São Vicente declinou avançar o investimento aplicado até ao momento na construção da rede de hotéis IU, projecto lançado em Dezembro de 2009 e que previa um total de 78 unidades, incluindo 21 hotéis de uma outra rede – a IKA -, esta mais virada para o padrão médio alto. “O investimento ainda não está concluído, logo ainda não temos o valor final”, justificou Vicente, classificando-o como “um investimento avultado e de grande impacto na formação bruta de capital fixo em Angola”.
Com uma previsão inicial de quatro anos de execução, as redes IU e IKA são descritas como as maiores cadeias de hotéis, em construção, no país, com a perspectiva de abranger todo o território nacional. Entretanto, até ao momento, a IU contabiliza apenas sete unidades concluídas e “várias em fase de conclusão”, ao passo que a IKA, de um total de 21 previstos, não tem qualquer hotel terminado. São Vicente garante, no entanto, que, “antes do final do ano, haverá um IKA hotel em Talatona”.
Além das diferenças de padrão de clientes alvo, os hotéis das duas redes distinguem-se pelas cores, sendo os IU de cor-de-rosa e os IKA amarelados.
O grupo AAA tem participações em diferentes sectores que incluem a hotelaria, o ramo financeiro, mas é conhecido, sobretudo, pela sua presença no sector dos seguros. Recentemente, o grupo confirmou a venda na totalidade da sua participação de 49% detida no Standard Bank de Angola à empresa Inpal.
22 EDIFÍCIOS PARA A JUSTIÇA
Em 2013, um despacho presidencial autorizava um contrato de compra e venda de 22 edifícios detidos pela AAA, localizados nas 18 províncias, passando-os para o Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos para dar lugar aos tribunais provinciais e municipais.
A autorização dava conta de que o pedido de fiscalização prévia devia ser submetido ao Tribunal de Contas. Por altura do despacho, houve quem questionasse a venda dos edifícios das AAA, visto que os mesmos tinham sido construídos com fundos públicos. No mesmo ano, o grupo cessou a sua actividade de gestão de fundo de pensões e de planos de pensões, como “resultado do fraco crescimento dos activos dos referidos fundos e no âmbito da revisão estratégica de negócios da instituição”, conforme justificava, na altura, a empresa em comunicado. A administração da AAA apontava que houve uma “reduzidíssima adesão aos Fundos de Pensões abertos”, além de as contribuições dos participantes terem sido “baixas e erráticas”, o que levou à quase estagnação do valor dos activos dos Fundos. “O valor de activos não cresceu porque as associadas fundadoras e os participantes não cumpriram os Planos de Pensões, não fundearam e não contribuíram nos montantes e nos prazos devidos”, precisava a empresa, ao justificar o cancelamento da actividade de gestão de fundos.
JLo do lado errado da história