Administração do Porto do Lobito promete diálogo ao regularizar dívidas
O presidente do Conselho da Administração do Porto Comercial do Lobito, Celso Rosas, manifestou-se preocupado com o volume da dívida acumulado por clientes, a qual prometeu solucionar com base no diálogo.
O gestor declarou que, dos 11,4 mil milhões de kwanzas em dívida, 2,8 mil milhões referem-se ao Estado, 6,6 mil milhões a bancos comerciais e dois mil milhões a fornecedores oficiais, um montante inferior aos 17,8 mil milhões de kwanzas que a empresa espera receber de clientes.
"A par das negociações com os credores, também, temos levados a cabo uma ofensiva junto dos nossos devedores no sentido de pagarem: é uma questão de justiça reclamar pelos serviços prestados e um processo que segue os seus trâmites. Estamos a chegar lá com passos firmes, lisura e transparência necessárias. Pelos resultados já obtidos, acreditamos que, nos próximos tempos, selamos o acordo e a alegria e paz voltarão a fazer morada entre as partes”, sublinhou.
A actual Administração da empresa assumiu passivos anterior que forçaram a rever uma série de contratos.
Nalgumas acções, teve de renegociar a amortização das dívidas com clientes e, noutras, estabeleceu novas relações comerciais, sobretudo, de parceria estratégica, evitando ameaças em que a empresa se encontrava juntos dos tribunais. "Graças ao espírito de diálogo reinante neste Conselho da Administração, foi possível negociarmos com todas as empresas credoras e, hoje, já não temos mais casos em tribunais. Entendemo-nos e, agora, vamos trabalhar unidos e de mãos dadas até liquidarmos todos os pendentes”, confirmou.
As declarações de Celso Rosas foram proferidas num acto de apresentação de resultados realizados nos últimos dias de Dezembro, onde o gestor também anunciou que, devido ao impacto da Covid-19, o volume de produção registado em 2020 rendeu 10,5 mil milhões de kwanzas, muito aquém dos 12 mil milhões conseguidos em 2019.
“Quem no fundo acaba por ter poder sobre o judicial...