África e América do Sul ligadas em fibra óptica
O cabo submarino de fibra óptica, denominado South Alântico Cable Sistm (SACS) que vai ligar, a partir de solo angolano, a África com a América do Sul, foi lançado ontem (9), na costa marítima de Sangano, município de Quissama, pela multinacional de telecomunicações Angola Cables.
Desde ontem, o primeiro cabo submarino passou a interligar Angola com 11 países africanos e três da Europa que possuem grandes pontos de convergência de internet. O sistema vai agora interligar-se com outro projecto MW do Brasil e os Estados Unidos, formando o primeiro anel de telecomunicação no hemisfério Sul do Atlântico.
Do ponto de vista prático, o cabo saiu de Angola para o Brasil por meio do sistema submarino que se encontra na costa Oeste de África e no Atlântico Norte, numa latência de 300 mil por segundo. O SACS tem uma capacidade desenhada de 40 terabits por segundos, 10 terabits por cada par de fibra e, numa primeira fase, a Angola Cables vai iluminar com quatro comprimentos de ondas, totalizando de 80 gigas.
Essa constitui a primeira ligação directa entre os dois continentes, tornando a rota mais rápida e com elevada capacidade. O ministro das Telecomunicações e Tecnologias de Informação, José Carvalho da Rocha, disse, no acto de lançamento, ser uma matéria com reflexos em termos de procura de velocidade de acesso e de melhores serviços.
O projecto, primeiro acontecimento na região enquadra-se dentro da estratégia de Angola na criação de infra-estruturas em termos de desenvolvimento e trabalho, para que novas empresas surjam. Mais de 260 milhões de dólares foram investidos para a instalação do cabo submarino.
O valor deve ser recuperado pelos operadores da região, uma vez que o cabo está ligado a mais de mil quilómetros de costa. O esforço do Estado em apostar na diversificação da economia deve proporcionar um novo desenvolvimento económico para o país.
O José Carvalho Rocha, assegurou que “Angola apostou na agricultura e noutros sectores, como indústria, hotelaria e turismo, para a diversificação, mas as comunicações vêm aproximar os cidadãos e facilitar o acesso”.
O presidente do Conselho Executivo do Angola Cables, António Nunes, considerou a instalação do SACS um marco importante na conclusão do projecto estratégico para o país, representando uma mais-valia nas comunicações digitais mundiais, por ser a primeira ligação directa entre os continentes africano e sul-americano.
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