AIBA avisa que imposto especial de consumo pode causar despedimentos e fragilizar as empresas
A Associação das Indústrias de Bebidas de Angola (AIBA) afirma estar seriamente preocupada com o impacto “negativo” que o Imposto Especial de Consumo (IEC) vai ter na indústria que representa e avisa que a sua aplicação pode prejudicar os associados e culminar com despedimentos.
A AIBA, em comunicado, refere que a aplicação do imposto a bens e consumos, como cerveja e refrigerantes, só vai resultar em aumentos de preços destes produtos, “prejudicando ainda mais as populações”.
A AIBA garante ter sido “surpreendida” por não ter sido envolvida de forma “efectiva” na discussão do imposto, como outras associações empresariais. A associação refere que a efectivação desta medida constitui um choque “brutal” para a indústria já “fragilizada” com divisas e com uma quebra no consumo devido à inflação e à redução do poder de compra. “O país vive um momento difícil e a AIBA está consciente do esforço necessário para sair e retomar o crescimento, mas defendemos que o caminho deve ser o de criar empregos e não de os pôr ainda mais em risco. A crise já levou à perda de mais de cinco mil empregos no sector nos últimos anos, não devemos aumentar ainda mais esse número dramático com este novo imposto”.
Os associados chamam a atenção para o facto de serem das indústrias que mais investiu e se desenvolveu e por isso acreditam que devem ser “apoiados” na crise e não “fustigados” com medidas penalizadoras.
Diferente do IEC, a associação “congratula-se” com a introdução do Imposto de Valor Acrescentado (IVA) acreditando que vai contribuir para a simplicidade fiscal e reduzir a informalidade.
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