Em novo processo de reprivatização

Alemães da Mutares ficam com a Efacec, antiga empresa de Isabel dos Santos

07 Jun. 2023 Empresas & Negócios

O Governo português escolheu o fundo alemão Mutares para ficar com a Efacec. A Efacec é uma empresa dos sectores da energia, engenharia e mobilidade, uma das maiores do mundo, que pertenceu à empresária Isabel dos Santos.

Alemães da Mutares ficam com a Efacec, antiga empresa de Isabel dos Santos

A instituição pertencia a Isabel dos Santos em mais de 71% e foi nacionalizada pelo estado português em Julho de 2020, alguns meses após o escândalo do 'Luanda Leaks' e depois da empresária ter sido constituída arguida em Angola. Depois da nacionalização, o Estado português garantia que a empresa seria privatizada. O Grupo português DST foi o único a apresentar uma proposta definitiva para a compra, depois de vários interesses apresentados de empresas até de outros países.

A venda da empresa ao grupo DST foi anulada e  em dezembro de 2022 arrancou um novo processo de reprivatização. 

A venda ao fundo alemão Mutares deverá ficar concluída no final de Julho ou início de Agosto, mas o ‘closing’ ainda está dependente da verificação de condições precedentes: designadamente, passar o teste de mercado da DG-Comp e os credores – bancos e obrigacionistas – terão de perdoar parte da dívida.

“A proposta que a Mutares apresentou, e foi recomendada pela Parpública, dá-nos grande conforto e convicção sobre o futuro da Efacec”, explicou o ministro da Economia poortuguês,António Costa Silva em conferência de imprensa, sem revelar quanto é que o grupo alemão vai pagar pelo negócio. “O Estado espera recuperar grande parte, senão a totalidade, do investimento que fez na Efacec”, referiu.

Em princípio, os alemães ficarão com 100% da empresa, mas o negócio com os outros acionistas – TMG e o grupo Mello, que detêm uma participação de cerca de 28% – ainda está em aberto, adiantou Costa Silva. Mas haverá um mecanismo de partilha de valor “inovador” que permitirá ao Estado reaver o que investiu até agora.

                                                                                          Valor Económico/Jornal Eco