Angola contrai empréstimo para receber o último Boeing
O Estado contraiu um empréstimo intercalar de 153,6 milhões de dólares para garantir a entrega do terceiro avião Boeing 777-300 ER encomendado pela TAAG, segundo um despacho presidencial citado pela Lusa.
De acordo com o documento, assinado a 23 de Agosto pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, e que concede uma garantia soberana à operação, trata-se de um "empréstimo intercalar" concedido pela Boeing Capital Corporation (BCC), justificado pela "necessidade" da "pontualidade da entrega por parte do fabricante, prevista para Agosto deste ano".
É um empréstimo tendo em conta o financiamento previsto pelo Exim Bank (banco de fomento das exportações norte-americanas) para esta aquisição, mas que ainda não estará disponível.
A entrega desta aeronave pela norte-americana Boeing, a última de uma encomenda de três, chegou a ser anunciada para junho. Desde então, a TAAG tem vindo a cortar várias ligações menos lucrativas, de forma a reduzir os prejuízos.
Em Maio, durante o voo de demonstração do Boeing 777-300 ER "Iona" - o segundo desta encomenda -, Peter Hill, presidente do conselho de administração da TAAG, garantiu o objectivo de reforçar as rotas para Portugal, as mais lucrativas da empresa.
O contrato para a aquisição das três aeronaves do género foi assinado entre a TAAG e a Boeing a 27 de Março de 2012, tendo a primeira destas entrado ao serviço em 2014.
A terceira, explicou então Peter Hill, deveria ter chegado a Luanda em Junho passado, depois de concluído o processo de financiamento, para garantir as ligações de Angola para a América do Sul a partir de Julho, o que não se concretizou até ao momento.
Estas aeronaves têm capacidade para transportar 225 passageiros em classe económica, 56 em executiva e 12 em primeira classe, possibilitando o acesso a telemóvel e internet a bordo.
A TAAG, empresa pública, foi autorizada anteriormente a contrair um empréstimo de 261,6 milhões de dólares para adquirir estes dois aviões Boeing 777-300ER.
Com a chegada da terceira aeronave, a companhia passará a operar com oito 777 da construtora norte-americana.
O administrador admitiu que a companhia já estuda a estreia de novas rotas de Luanda para duas capitais europeias, além das ligações actuais para Portugal.
A companhia assegura voos internacionais e rotas nacionais com recurso a cinco aviões Boeing 737 e seis 777 (200 e 300, acresce o novo Iona), estes para operar rotas internacionais também para Lisboa e Porto, além do Brasil e Cuba, entre outros destinos.
JLo do lado errado da história