Angola desiste da ajuda financeira do FMI
Angola desistiu das negociações sobre um eventual “programa de financiamento ampliado” do FMI, mas mantém as conversações ao nível de consultas técnicas. Os funcionários do FMI regressam a Luanda antes do fim do ano.
O porta-voz do Fundo Monetário Internacional, Gerry Rice, afirmou, em conferência de imprensa, na sede da instituição, em Washington, que “o Presidente da República [de Angola] informou ao FMI sobre a decisão de manter o diálogo com o fundo apenas no contexto do artigo IV e não no contexto de discussão sobre o programa de ajuda EFF [Programa de Financiamento Ampliado]”.
Gerry Rice explicou que a 14 de Junho último terminou uma missão a Luanda: “E essa foi a missão que teve a ver com a possibilidade de um programa de financiamento ampliado”.
“Uma equipa do FMI irá a Luanda novamente, provavelmente em Outubro, para “consultas” ao abrigo do artigo IV”, disse o responsável daquela organização internacional financeira.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou a 6 de Abril que Angola solicitou um programa de assistência para os próximos três anos, cujos termos foram debatidos nas reuniões de primavera, em Washington, prosseguindo em Luanda na primeira quinzena de Junho.
No final dessa visita, o chefe da missão do FMI, o economista brasileiro Ricardo Veloso, revelou que o Fundo estava à espera que o Governo dissesse se mantém o seu pedido de assistência financeira, feito numa altura em que o preço do barril de petróleo estava mais baixo.
“A Sonangol competia só com as empresas estrangeiras. Agora está a competir...