Angola não precisa de milagres
As más notícias sobre as previsões do crescimento económico somam e seguem. Em Setembro, o Fundo Monetário Internacional (FMI) foi obrigado a refazer as contas com o estrondo. Da anterior perspectiva de crescimento de 3,9%, a instituição viu-se obrigada a cortar 3 pontos percentuais, projectando agora uma expansão do PIB de apenas 0,9% para este ano. Pouco depois, ficámos a saber que o Governo também já tinha organizado novas estatísticas em Agosto. Inicialmente mais contido, ao inscrever no Orçamento um crescimento de 3,3%, a equipa de João Lourenço trocou de posição e de ânimo com o Fundo. E apresentou um quadro menos sombrio do que o projectado pela instituição de Bretton Woods, ao revisar o crescimento para perto dos 2% (1,9% mais precisamente).
Os factos já determinavam, entretanto, que as novas previsões não se ficariam apenas pelos números do FMI e do Governo. O Centro de Estudos e Investigação Científica (Ceic) da Universidade Católica de Angola não cruzou os braços. Nesta edição e em exclusivo para o Valor Económico, os economistas Alves da Rocha e Francisco Paulo reavaliaram as contas e apresentam-nos o cenário mais pessimista até agora conhecido. Para o Ceic da Universidade Católica, a economia deve crescer este ano uns míseros 0,3%, contra os 3,8% conhecidos pelo menos até Março. O Ceic defende-se com
mais do que meia dúzia de argumentos, incluindo a fragilidade das finanças públicas, o aprofundamento das desigualdades sociais, a sustentabilidade da dívida, o estrangulamento do ambiente de negócios e o comportamento do preço do petróleo.
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