CONTAS DO CRUDE EM FEVEREIRO

Angola produziu menos 31 mil barris face à quota acordada

PETRÓLEO. Acordo entre OPEP e outros 10 países produtores determina que Angola possa produzir até 1.481 mil barris, mas, em Fevereiro, a produção ficou em 1.450 mil barris/dia, tal como em Janeiro.

 

Angola produziu menos 31 mil barris face à quota acordada

Angola produziu menos 31 mil barris de petróleo/dia em Fevereiro, comparativamente à quota a que tem direito no âmbito do acordo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) de cortar 1,2 milhões de barris/dia, acertada em Janeiro, devendo vigorar, em principio, até Junho.

Segundo a pesquisa da S&P Global Platts, que se baseia em informações de altos funcionários, analistas e dados de embarque, no segundo mês de cumprimento do acordo, a produção diária de Angola foi de 1.450 mil barris, quando o acordo fixa em 1.481 mil barris.

Os outros membros da OPEP que produziram abaixo da quota a que têm direito foram o Congo Democrárico, Kuwait, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita, que registou o maior défice, produzindo menos 160 mil barris. O segundo maior défice foi o de Angola, seguindo-se o Gabão, com menos cerca de 40 mil barris.

Os restantes membros da OPEP produziram acima da quota a que têm direito, tendo a Nigéria produzido mais 190 mil barris/dia. A quota do maior produtor de África é de 1.685 mil barris por dia, mas produziu 1.880 mil. O Iraque, com mais 160 mil barris, foi o membro da organização que mais superou a quota. Os 11 membros da OPEP abrangidos pelo acordo produziram mais 173 mil barris/dia. O acordo fixa a produção dos países com quota em 25.937 mil barris/dia, mas produziram 26.110 mil bpd. Alcançaram cerca de 79% superior aos 76% de Janeiro.

No global, incluindo os membros isentos, a produção da OPEP foi de 30,80 milhões barris/dia registando-se uma queda de 60 mil barris/dia, comparativamente a Janeiro. E é o menor nível de produção da OPEP desde Março de 2015, altura em que o Gabão, Guiné-Equatorial e o Congo ainda não faziam parte da organização e o Qatar contava entre os membros, o que deixou de acontecer este ano.