Angola recebe 4 milhões USD para combate ao comércio ilegal
CONSERVAÇÃO. Verbas a serem concedidas pelo PNUD devem ser também destinadas para travar a caça furtiva da fauna, sobretudo em duas áreas de conservação e numa reserva de espécies endémicas.
O Programa das nações unidas para o Desenvolvimento (PNUD) vai disponibilizar quatro milhões de dólares para apoiar o projecto do Governo de combate ao comércio ilegal em Angola.
A garantia foi dada pelo representante daquela instituição das Nações Unidas, Goetz Sehrote, que avançou, em declarações à imprensa, que o montante a ser disponibilizado deverá ser usado num período de seis anos.
“O dinheiro é proveniente do fundo global do ambiente, criado em 1992, visando cumprir com as obrigações internacionais, através das quais os países apoiam a biodiversidade” afirmou.
O projecto de combate ao comércio ilegal da vida selvagem foi lançado este mês pelo Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente, que pretende pôr fim ao conflito entre homem e animal em Angola.
O director do Instituto Nacional da Biodiversidade e Áreas de Conservação, Aristófanes da Cunha, esclareceu que o projecto prevê também travar a caça furtiva da fauna, tendo já sido seleccionadas duas áreas de conservação e uma reserva de espécies endémicas, como a Palanca Negra Gigante encontrada na Reserva Integral do Luando, o papagaio cinzento, chimpanzé, gorila e elefantes que se encontram no Parque Nacional do Maiombe.
O responsável indicou que existe uma série de actividades a concorrerem para a redução desta prática nociva à biodiversidade e apelou para a necessidade de outros parceiros serem adicionados, solicitando o apoio para a concretização do projecto enquanto elemento essencial para a manutenção dos recursos existentes.
Já o chefe de cooperação operacional de unidades de crimes ambientais, António Lopez disse que o crime em que mais intervém é a caça furtiva e abrange toda a espécie selvagem.
António Lopez recordou que a lei prevê a prisão de todos os infractores de caça furtiva, mas lamentou que muitos destes indivíduos continuam impunes.
Papagaios devolvidos
Dois papagaios cinzentos foram devolvidos ao seu habitat natural, na Floresta do Maiombe, em Cabinda, pela administração do Parque Nacional do Maiombe.
Em nota, a administração da reserva florestal do Maiombe esclarece que os animais estavam no centro de reabilitação do parque, depois de terem sido retirados das mãos de caçadores furtivos.
Os papagaios cinzentos são protegidos por lei, mas a contínua caça e comercialização por parte de traficantes nacionais e internacionais estão a deixar a espécie ameaçada e em vias de extinção.
A administração do parque garante que tem gizado programas diversos de educação ambiental nas comunidades, para explicar a importância dos papagaios cinzentos na atracção turística local, bem como a necessidade de conservação e protecção do animal e do seu habitat natural.
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