ANVA propõe o fim da venda ambulante de saldos
Associação Nacional dos Vendedores Ambulantes (ANVA) elaborou um memorando que deverá ser entregue à Unitel e Movicel, ainda esta semana, em que sugere a venda de recargas telefónicas apenas a quem opera em estabelecimentos autorizados.
A medida surge não só em resposta às reclamações dos comerciantes detentores de quiosques, mas também para fazer vincar o disposto na nova lei aprovada há quatro meses. “Actualmente, os comerciantes trabalham como se fossem empregados dos funcionários da Unitel e Movicel, que lhes dão os cartões, passando a prestar contas ao fim de cada semana”, defende José Cassoma, presidente da ANVA, que propõe não só o fim da comercialização ambulante de saldos, mas também o termo da venda do produto por parte dos trabalhadores das companhias.
A intenção da associação conta com o apoio de revendedores em quiosques, que pagam uma taxa mensal de 500 kwanzas, por um espaço com menos de dois metros, às administrações locais, mas encontra oposição da parte de vendedores ambulantes, que se queixam de uma alegada complexidade para conseguirem a formalização.
A caixa de saldos da Unitel, com 50 cartões de 50 UTT, geralmente revendidos a 500 kwanzas cada um, é adquirida a 23.500 kwanzas, gerando lucros de 1.500. A da Movicel, composta por 10 cartões de 90 UTT, é comprada a 8.200 kwanzas e revendido, cada cartão, a 900 kwanzas, tendo lucros de 800. Entre as recargas, segundo os comerciantes, os cartões de 50 UTT, da Unitel, são os mais procurados, sendo que podem ser vendidos uma a duas caixas por semana.
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