“As empresas de transporte público devem ser sempre subvencionadas”
O Presidente da Associação dos Transportes Colectivos Urbanos de Passageiros de Angola (Transcol), Carlos Carneiro entende que o Governo deve voltar a subvencionar os bilhetes dos autocarros para o “fortalecimento” das empresas de transportes colectivos. Manifesta-se contra os preços dos passes sociais de transporte. E alerta para a necessidade de se respeitar o ‘timing’ na distribuição da receita resultante da venda dos passes.
Lidera a Transcol há pouco mais de um ano. Qual é o quadro da associação?
Estou praticamente há um ano e meio e encontrei a associação tranquila. Havia algumas anomalias como em todos os sectores de actividade, mas temos estado a trabalhar no sentido de darmos um impulso à nossa actividade, procurando os pontos positivos e negativos e as controvérsias que o sector atravessa.
Falando em controvérsias, nos últimos dias, tem manifestado preocupação com a situação das empresas, face à retirada da subvenção e à actualização dos preços dos bilhetes. Na prática, o que está a acontecer?
Estamos a padecer. Ser um sector subvencionado e, da noite para o dia perdermos essa valia, deixou-nos, automaticamente, como empresas sem valor. Antes ganhávamos algum dinheiro, hoje deixámos de ganhar praticamente seja o que for. Estamos a levar as empresas às costas com esta medida. Falámos, tratámos, pusemos as nossas exigências, negociámos com o Ministério dos Transportes, através da Agência Nacional do Transporte Terrestre, mas o que aconteceu foi que chegámos, no final das contas, com uma mão de tudo e uma mão de nada. Começámos a padecer. Hoje, os únicos subvencionados são os estudantes, os antigos combatentes, as pessoas com problemas de motricidade física. Isto representa cerca de 0,0% daquilo que era a subvenção no cômpto geral.
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