BAD ‘larga’ USD 500 milhões
Governo vai assinar “brevemente” um acordo com o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) na ordem de 500 milhões de dólares para a implementação da primeira fase do Programa de Expansão e Eficiência do sector de Energia (ESEEP-1, na sigla em inglês), no centro e Sul do país. Joseph Ribeiro, representante do BAD em Angola, revelou à Angop que o pacote financeiro prevê o fortalecimento dos sistemas de transmissão e distribuição de energia eléctrica.
O concurso público internacional para essa empreitada, com três fases, já foi publicado pela Rede Nacional de Transporte (RNT), sendo que a primeira comporta a construção de 343 quilómetros da linha de transmissão de 400 Kilovolts, melhoria da receita através da instalação de contadores pré-pagos e a gestão do programa para a concepção e implementação do projecto.
A RNT considera que “o programa reforçará a capacidade operacional da Ende e aumentará a capacidade do sistema de distribuição a nível do país”, ao mesmo tempo que “mais famílias, indústrias e pequenas e médias empresas passarão a ter acesso à energia regular, fiável, menos onerosa e sustentável”.
De acordo com a RNT, “são mais de 1.000 megawatts de potência eléctrica excedentária produzida pelas barragens hidroeléctricas do Kwanza-Norte e Malanje, bem como do ciclo combinado do Soyo (Zaire) que serão canalizados para o sistema no centro/sul”. Todo esse esforço, para além de “contadores inteligentes”, será secundado pela aquisição de transformadores de distribuição e soluções de ‘despiste’ e inspecções de fraude, de sistema de gestão entre outros de consultoria.
A segunda fase do programa prevê melhorias das receitas da Ende, com a instalação de 860 mil contadores pré-pagos inteligentes e a normalização de serviços para consumidores existentes. Ao mesmo tempo, serão instalados outros 400 mil pré-pagos para novos consumidores.
Já a última componente, ou seja, a terceira fase, engloba estudos de viabilidade para a linha do Ngove-Menongue, plano de acção de reassentamento para a linha de Menongue, gestão e fiscalização das obras.
“A Sonangol competia só com as empresas estrangeiras. Agora está a competir...